Playoffs NFL: Pós Wild Card

Ao som de umas músicas folk/viking, traço comentários sobre os quatro jogos do Wild Card Round dos Playoffs da NFL. Os jogos foram, em sequência:

Sábado - Oakland Raiders 14 @ 27 Houston Texnas e Detroit Lions 06 @ 26 Seattle Seahawks 
Domingo - Miami Dolphins 12 @ 30 Pittsburgh Steelers e New York Giants 13 @ 38 Green Bay Packers

 Apanhado geral:
O primeiro jogo do playoffs tinha muito para ser bom, se tivéssemos Derik Carr em campo. Quase dá para cravar que se ele não tivesse se machucado no fim da temporada regular, teríamos muito menos de brilhantismo de Brock Osweiler e seus comparças. 
Eu sei que apostei no Raiders e não arrependo. Não que eu tivesse alguma esperança que vencessem, mas simplesmente porque eu não queria apostar no Texans. 
O jogo do time de marca de camiseta não foi péssimo: diga-se de passagem, Connor Cook parece bom, mas, a inexperiência marcou presença e infelizmente isso, Osweiler tem. 
Muito se comenta de que ele nem deveria ter sido colocado no banco, que inclusive ele deveria ter ido aos playoffs pelo Broncos ano passado, mas meus queridos, vou relembrar quem assim pensou: 9 vitórias e 7 derrotas foi o que garantiu a vaga deles, na divisão sul da AFC. O Broncos não foi para os playoffs e fez uma campanha semelhante, com 9-7 também. E Denver bateu o Texans, com Osweiler, num jogo muito tranquilo. Então, menos. Osweiler não está jogando o que ele aprendeu com peyton e isso, meus queridos, não vai ajudar o Texans se ele não perder essa certa modéstia, ainda que sutil.

O jogo da noite poderia ter sido melhor se as zebras não fizessem das suas. Não que interfeririam totalmente no resultado, mas marcações erradas de jogadas e faltas não dadas, faz o time que tem vantagem, cresça e o que está tendo problemas, perca o resto das esperanças.
Não me digam que isso não pode acontecer com um time: o perder a cabeça é para fracos e não merecedores de vitórias. Uma ova! Destabiliza sim e o sentimento de injustiça cria raízes na cabeça dos jogadores. Ninguém tem sangue de barata para não se sentir afetado e sair buscando resoluções rápidas. Deveria, mas não é assim, somos humanos ainda.
Além disso, não é coisa que se faça. Os juízes estão ali justamente para não deixar que mínimos favorecimentos aconteçam. Existem regras, e elas devem ser cumpridas ao máximo. Isso, acabou sendo ruim para o Lions, mas pode ser muito pior para o Seahawks: tendo mais um jogo à frente, pode ser que os zebras "se esqueçam" de marcar as coisas a favor deles, no afã de compensar a burrada anterior.
O jogo também nem foi tão bom. Algumas boas oportunidades bem aproveitadas e fim da linha para o time de Detroit que, já pode se ver satisfeito com o retorno aos playoffs. Dona Marta Firestone Ford está arrumando direitinho a casa.

Domingo, depois de uma manhã sem energia (também ficamos sem pouco antes de começar o terceiro quarto do jogo Raiders e Texans, voltando só quando estava já à 6 minutos do relógio do mesmo tempo), era dia de mais dois jogos. A bagunça do jogo Dolphins x Steelers foi um jogo complicado de assistir. Com um time que também estava sem seu QB principal, o Dolphins deixou que Antonio Brown anotasse 2 touchdowns facílimos no começo do jogo. Mas, a coisa ficou estranha, o time de Pittsburgh começou umas picuinhas, arrebentando com o tal do Matt Moore e hits pesados. Desportividades a parte, parece que queriam mascarar um jogo bem abaixo do nível playoffs de Big Ben... A sorte é que, desestabilizando a defesa do Dolphins e cansando as expectativas de produzir um bom ataque, ele acabou levando o time à uma vitória dada como atropelo.

Atropelo que poderia ser melhor enquadrado no melhor jogo dos quatro, guardado para o final. Se bem que, "atropelo" é quando ataque e defesa estão dormindo - todos - no ponto, que nem aquele senhorzinho pendurado na bengala, voltando tarde do bingo. Não foi o caso. No começo, achei que estava bem certa na minha aposta/torcida: ia dar Giants. Mas, recebedores abobados deram espaço para Aaron Rodgers ser Aaron Rodgers. E isso, a gente sabe que não pode deixar acontecer: A-Rod não pode ser colocado com tempo para decisão, se não, vem estrago: e veio. 
Eu mesma, logo no primeiro tempo, quando saiu o primeiro tempo, disse à minhas irmãs que, com o ataque e os bons passes do Eli, mas com a inconsistência dos recebedores - menção honrosa para a "preguiça" de Odell - viria punts e a defesa se cansaria e se cansaria, e no fim, o ataque de Green Bay faria o trabalho mais tranquilo. Mesmo com um lance suspeito no Hail Mary e com um lance de fumble -não-fumble, tá lá, o serviço feito.
Não vamos falar de Eli, interceptação ou o que for. Isso é papo para gente zueira, que gosta de pegar no pé do cara, uns gratuitamente e outros só porque é rival. Eli é um bom quarterback e fim. Mas Aaron Rodgers é mais. Com foco e precisão, ele não só pode ser, como é um dos melhores da liga.

Eu tenho umas coisas para decidir quem eu torço, por que tipo de atleta que eu passo a seguir: aquele que tem uma postura legal diante do profissional que é. A segunda coisa - e ela se aplica a esportes como o futebol de bola redonda e oval - é quando o jogador faz uma jogada que me anima e mais que isso, que arrepia ou me deixa de queixo caído.
Comecei a assistir NFL à uns 5 anos, e desde então, três caras me fizeram sentir assim: Peyton Mamnnig, Drew Brees e Aaron Rodgers. Uns vieram e fizeram companhia para estes, outros nem foram cogitados para minha listinha. Mas fato é que estes três ainda permanecem, mesmo que Peyton tenha se aposentado, ele é a razão da "nova obsessão" e continuará sendo assim, suponho, por algum bom tempo.
Números não me dizem nada, se eu não olhar para a tv e ver uma jogada bonita e sentir aquela boa sensação e vontade de deizer alto: "uau!" Tom Brady não me causa isso, Cam Newton não me causa isso, nem mesmo, Dak Prescott não me causa isso. 
Hoje posso dizer que gosto de muitos jogadores, inclusive de outros QBs, mas igual a Brees e Rodgers, que fazem grandes espetáculos é difícil me convencerem de substituí-los
O que foi aquele Hail Mary que a gente juraria que não daria mais certo, depois de 2 tentativas ano passado? Tá certo que Cobb deu uma empurradinha ali, para ter espaço para pegar a bola, mas gente? Quem não arrisca, morre com vontade.

Na escolha geral, eu designaria prêmios: 
O "Prêmio de Consolação" deveria ir para o Raiders, que tiveram uma temporada monumental. Prometo que na temporada 2017, eu não vou ficar revoltada com eles, mesmo sendo meus rivais de divisão. Mereciam mais do que um jogo arrebentado com o fraco Texans. Muito mais. E que Carr se recupere logo e 100% para arrasar de novo na temporada que começa em meados de setembro.

O Prêmio "fizeram um bom dever de casa" deveria ser dividido entre o Lions, Dolphins e o Giants. O Lions ganha pelo tempo que ficaram fora dos playoffs e chegarem lá de cabeça erguida. Já o Giants, merece pela estrutura e defesa que tem. Com mais alguns ajustes no ataque e poderão contar com eles de novo nos próximos playoffs - quiçá Super Bowls. O Dolphins pelo HC Adam Gase - que se eu pudesse, pediria de volta para o Broncos... - e por precisarem só deles mesmos para pegar a vaga 6 do wild card, que anteriormente, era do Broncos.

"Prêmio dos Bons" vai para o Packers, que mesmo sem Jordy Nelson (que se machucou com um hit cabuloso nas costelas no primeiro quarto) e um começo de jogo lentíssimo, recuperaram as forças para fazer o maior placar dos quatro jogos. Chega com pompa e botando medo nos Cowboys. 

O prêmio de "Fake" vai para o Texans, que se não fosse a defesa e um corpo de recebedores famintos, não teria chegado tão longe. Prêmio Fake também vai para o Steelers, que vão chegando aos trancos e barrancos e podem jogar o Chiefs (com facilidade talvez) na final da AFC, e se continuarem nessas briguinhas bestas, vai quebrar uma galera do time de Kansas...

O Seahawks fica com prêmio "acorda meninos", porque é time de elite à tanto tempo, vindo sempre para os playoffs nos últimos anos, mas tem horas que parecem que não sabem mais jogar nessa etapa... Acoooooooorda!!!

O prêmio "Feios" vai para a arbitragem e os caras provocadores de cada time: os hits muito violentos dos caras do Steelers e do Seahawks, sem-necessidade e juizada pastel fingindo de cegos, surdos e mudos, não dá. É playoffs bonecos, hora de serem firmes e não deixarem o circo pegar fogo, porque se não, alguma coisa sai dos trilhos.
(Quando à isso: de olho no jogo Packers e Cowboys... Vamos ver se o American Team vai ser favorecido contra os Cabeças de Queijo... Vamos ver...)

Sexta eu faço meus palpites e minhas torcidas (que em alguns casos, será as duas coisas juntas).
Deixem suas impressões dos jogos, nos comentários, ou na página do blog: Blog I Love It Loud.

Abraço afáveis!

Comentários

Ron Groo disse…
concordo com os prêmios rsrsrs
Eu fiquei com a impressão que foi Odell Beckhan Jr quem ferrou com os Giants de Nova Yorke.
O cara dropou bolas recebíveis de forma medonha. Em duas poderiam ter aberto 14 a zero e mesmo com toda a mágica de Hail Rodgers a coisa ficaria mais difícil.
Depois daqueles drops eu senti que os Giants perderam a confiança, o tesão do jogo.
Talvez, se Eli tivesse apostado um pouco mais em Shepard... Mas ai é o se.
E se não ganha jogo.
Hail Mary sim.
Manu disse…
Estou de total acordo, Groo! OBJ foi mesmo o responsável pelo desequilíbrio do rendimento e confiança do Giants. Tanto que Eli mandou bolas muito boas e certinhas no começo, principalmente, onde o time parecia ter muito mais "vontade" que em qualquer outro momento.
Uma pena, agora querem a cabeça do QB, que já não tem mais idade para contar com a espera de outras temporadas.

Abs!



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