Momento crítico: arte através da internet
Oi pessoas!
Minha postagem de hoje vai ser a postagem altamente pessoal com fundo de informação. Eu comentei no post de .... a respeito de muitas pessoas, uma delas, sobre Jason Newsted, ex baixista do Metallica, da qual tenho plena admiração.
Conforme tentei explicar (e creio que fui superficial) qual era a minha "atração" pelo cara, hoje vou tentar ilustrar um pouco mais. Não consegui talvez, e duvido que com esse post eu consiga por completo retratar isso. Mas, ao menos, se quizerem, entenderão por alguma parcela (nem que seja de 10 %) o que ele como pessoa significa.
Lá naquele texto expliquei que adoro Jason como músico. Uma má situação foi saber que ele havia deixado o Metallica, feito um projeto cá ou lá, mas mesmo ele fazendo enorme falta nos palcos de uma das minhas bandas favoritas, entendo hoje que era preciso isso e respeito sua decisão. Na ocasião poderia não parecer sábia a escolha, mas hoje ele pode fazer os shows com quem se habilita estar com ele, reconhece seu esforço pelo Metallica, mantém-se fã da banda e caminha sempre respeitando as pessoas que fizeram dele o músico reconhecido que é.
Naquele post comentei a respeito de um vídeo, da qual Jason falava de sua vida de músico e de... pintor@ Eu sabia que Jason vinha se dedicando às artes, mas nada havia visto a respeito de suas obras até aquele momento.
Eu gosto de arte. Talvez tenha herdado do meu pai a curiosidade sobre isso. Mas não entendo quase nada e isso me frustra mais ainda, principalmente pois sou um zero à esquerda quando se trata de desenho. Uma negação.
Meu pai, que gosta e além disso, desenha super bem, porém nem sequer se aproxima mais de um papelzinho, que seja, para reproduzir algo. Hoje, é seu aniversário (talvez por isso tenha ficado numa semana mais que inseguro - de qualquer forma, ele não gosta de receber parabéns, então deixo aqui em "off" - como dizem- , que desejo muitas felicidades hoje, amanhã e sempre, afinal meu pai tem muitos defeitos como todo ser humano, mas se eu pudesse ser um terço sábia como ele, em algumas coisas, já ficaria satisfeitíssima). Nessa semana pedi que ele fizesse em uma jaqueta um desenho nas costas incluindo meu nome e uma guitarra (instrumento a qual insisto em aprender e sofro como uma condenada). Seus comentários, quando ontem, finito o trabalho digno de profissional, insitia nos trechos mais falados "não ficou bom, vc devia ter mandado fazer em loja especializada". E gastar dinheiro, sabendo que eu teria um serviço ótimo de alguém que posso dar palpites do jeito que eu quero sobre o desenho a qualquer hora e na minha casa? E se mandasse em loja acredito que sairia insatisfeita.
Sabendo que o talento não veio no DNA procuro ultimamente entender da pouca arte que posso via algumas pesquisas exporádicas. É o jeito quando se mora no interior de Minas, quando na sua querida cidade, à bodas a casa de exposições está em reforma. E mesmo se não estivesse. Eu fui à uma exposição de quadros de um pintor da cidade quando eu tinha cerca de 6 ou 7 anos. Pergunta se lembro de mais alguma coisa desse nível para mais alto lá nos anos seguintes? Se teve não houve propaganda. A "Casa da Cultura", como é chamada, é no fundo pobre de cultura à mais de 15 anos.
Por isso o título? Arte através da Internet. Sim, porque uma ida a São Paulo me custa tempo e dinheiro. Culturalmente eu seria realmente mais evoluída nas grandes capitais. Se assim não tenho acesso, me viro com o que posso via um teclado, mouse, uma tela LCD e uma internet de velocidade relativamente baixa, porém mais eficiente que as internet's discadas.
Voltando à Jason, que é o foco da postagem: Já feita minha "justificativa" e meu "protesto", vamos ao tal vídeo em que Jason comenta sobre suas "artes".
A Dunlop TV recentemente conduziu uma entrevista com o baixista sobre seu equipamento de baixo e seu interesse em pintura, tendo pintado centenas de grandes obras de material original na última metade da década. A conversa a seguir de oito minutos tem apenas um por menor, é em inglês:
Os comentários do baixista que quero extrair seriam esses: "Estou possuído por uma corrente de energia que tenho canalizado através da criação artística pura, começando com desenhos e músicas enquanto criança, seguido de idéias adolescente de rock and roll, e ultimamente, músico internacionalmente reconhecido por gravações e performances ao vivo.
Com o título de baixista de heavy metal mais decorado de todos os tempos, meu objetivo passou de fazer música louca e colorida para fazer pinturas loucas e coloridas.
Eu permaneço disciplinado, auto-motivado, e dedicado a minha arte como sempre fui. É tempo para eu escalar a próxima montanha, manter a pureza por meio da genuína expressão da criação da arte como minha busca.”
Com o título de baixista de heavy metal mais decorado de todos os tempos, meu objetivo passou de fazer música louca e colorida para fazer pinturas loucas e coloridas.
Eu permaneço disciplinado, auto-motivado, e dedicado a minha arte como sempre fui. É tempo para eu escalar a próxima montanha, manter a pureza por meio da genuína expressão da criação da arte como minha busca.”
No vídeo Jason ressalta bem ao final, a respeito da sua primeira exposição de arte numa galeria da Califórnia, que começa... Hoje! Dia 06 de maio. Por isso o post guardado com tanta "dedicação pomposa", mas com intuito pré definido. A exposição está ocorrendo no local chamado Micaëla Gallery, na qual o link que se segue é do site oficial: link. E a respeito de Newsted, o site tem uma página retratando o "novo" artista: Jason Newsted Expo .
Aí se encontra um acesso ao portifólio com algumas obras de Jason, que por um infortúnio da vida são poucas as mostradas no catálogo e no vídeo inclusive mostram algumas que adoraria ver com mais detalhes. Tomei a liberdade de salvar o portifólio em meus arquivos e a biografia contida mais as obras (com os nomes e especificações originais - sem tradução -) estão reproduzidas abaixo:(*) Imerso em criatividade desde cedo, Jason Newsted aprendeu sobre a beleza, a vida e morte a partir de sua criação na fazenda de sua família em Battlecreek, Michigan. Essas bases viriam a influenciar fortemente sua carreira musical e imaginação artística.
Newsted se juntou ao Metallica em 1986, e excursionou o globo com êxito como baixista do Metallica até 2001, e alcançou reconhecimento mundial. Ele gravou muitos álbuns que venceram 6 prêmios ‘Grammy’, venderam 100 milhões de unidades, e ganhou em 2009 nomeação para o Rock and Roll Hall of Fame.
Em 2005, Newsted voltou sua atenção para a pintura, onde ele encontrou consolo e uma nova forma de expressar sua criatividade. Sua experiência com a pintura é uma alegria para ver, cheios de espanto e de liberdade desinibida de uma alma madura e criativa.
As pinturas de Newsted expressam energia visual bruta. Ele usa cores fortes e uma maneira expressiva para traduzir sua intensidade característica, em pinturas categóricas.
Jason Newsted. Absenthe Won, 2009. Acrylic, ink, dry pastel on canvas. 70 x 70 in.
Jason Newsted. Red Bull White and Blue, 2009. Acrylic, ink, mixed media on canvas. 70 x 70 in.
Jason Newsted. Ruby Forma, 2009. Acrylic, ink, dry pastel on canvas. 70 x 70 in.
Jason Newsted. Redrip, 2008. Acrylic, ink on canvas. 50 x 50 in.
Jason Newsted. Planetae, 2009. Acrylic, ink, dry pastel on canvas. 60 x 60 in.
Jason Newsted. 3 Little Birds, 2009. Acrylic, ink, oil stick, mixed media on canvas. 72 x 144 in.
Jason Newsted. Bottle in Front of Me, 2009. Acrylic, ink, oil stick on canvas. 72 x 144 in.
Jason Newsted. Luna, 2009. Acrylic, ink, pencil, oil stick, mixed media on canvas. 72 x 144 in.
Jason Newsted. Cyber Equus, 2006. Acrylic, ink on canvas. 60 x 72 in.
Ainda que pareça que não tenho senso crítico, não consigo escolher a melhor tela. Mas a princípio as que mais me chamaram a atenção foram "3 little birds", "Planetae", "Luna" e "Redrip". As primeiras me cativam porque certa vez numa aula de educação artística na sétima série, me lembro bem que nos trabalhinhos de produção de arte, minhas pinturas saiam assim, com pinceladas desformes, apenas com combinação de cores. Lembro-me bem da Lenise (a professora) que sempre pegava essas bobagens que eu fazia e abria um sorriso que na época eu interpretava como irônico, mas um dia ela disse que eu já tinha algo bom, que era personalidade e me convidou para ter aulas no conservatório de artes e música da cidade.
Nunca fui. Mas lembrando disso agora, acho que não é tão tarde.
Abraços afáveis à todos!
PS: Talvez volte sábado para comentar sobre a Fórmula 1. Grande Prêmio da Espanha está aí!
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