GP da Turquia: Para não dizer que não tentei
Pois bem, temos uma nova novelinha da F-1. Como a Globo e suas novelas, as "estréias" da F-1 tem boa audiência.
Sentadinha aqui no computador procurando inspiração com algumas músicas para duas coisas:
1- começar a fazer um texto sobre um trabalho para dia 29 próximo;
e
2- um texto para postar aqui sobre a corrida de ontem;
percebo que nem sempre é fácil expor a opinião que defini ontem mesmo após a corrida.
Como uma trama de novela, tinhamos mesmo os personagens principais e os secundários. De acordo com um capítulo as coisas que são apresentadas na tela da tv são a seguinte: se os personagens principais da trama dão conta do recado, estes permanecem com as cenas maiores, os aparamentos mais evidentes. E aqueles que eram para ser os principais e não agradam o público cativo? Para onde vão? Geralmente o autor fica de olho nessa manifestação pública e os tais personagens que não vingaram ficam de escanteio, as vezes esperando uma vaguinha no núcleo pobre, no núcleo cômico... Ou matam seu personagem, ou viaja para longe para voltar no fim da novela e ficar com alguém que sobrou como solteiro...Ou vira o vilão...
Esse é o caso das Ferraris. Massa e Alonso fez a dança do quadrado (ai, que horror!). O espanhol até menos, afinal partiu para cima de Petrov. Investida que se tivesse optado por não fazer, teria feito a diferença dos pontos, ou seja, só algo que no fim ninguém reportaria.
Sim, porque os personagens principais eram quatro. Mark, Lewis, Sebastian e Jenson.
Sem pares românticos. Até porque nem cabe aqui. Se ainda Sutil estivesse por perto, quem sabe? (Ok, sem palhaçadas...)
Como uma novela, desde sempre temos o núcleo pobre (Hispania, Lotus e Virgin), só me faltaria o núcleo engraçado fixo, pois por vezes esse posto troca.
Eu sinceramente nada tenho a declarar das Renaults (fora que Kubica sempre faz um bom trabalho e Petrov me soa meio deslocado sempre). Nada a dizer das STR's... Nada sobre as Williams, nada sobre as Force India's... A BMW até que ficou legal dessa vez, com Kobayashi ( o japa-emo) marcando um pontinho. Quanto mais o que dizer de Hispania, Lotus ou Virgin...
No fim, eu quase não vi essas criaturas na tv, um exemplo foi quando percebi que ao ver Trulli saindo do carro, abandonando sua Lotus nem dois minutos depois aquelas fichas dos tempos passavam na tv e dei falta de Kovalainen e o finlandês já tinha abandonado também. de duas, uma: ou eu dormi com olhos abertos, ou a transmissão boiou.
A Mercedes? Ah, bem... Schumi até que tentou aparecer um pouco mais na largada, mas Button já tratou de mudar a situação. Ele e Rosberg podem se vangloriar de terminarem a corrida melhor que as Ferraris.
Bueníssimas. Até bem depois das paradas nos boxes nada parecia ficar intensamente interessante, a não ser uma possível chuva narrada incansavelmente pelo trio global, tão incansável quanto as chamadas das reportagens da Copa no Esporte Espetacular.
E a chuva não veio. E as reportagens eu não vi porque eu estou de saco cheio do assunto Copa (patriotismo na hora de votar ninguém tem? Ao contrário, somos obrigados a fazer besteiras nas urnas depois não tem nem como reclamar...)
Fora chuva e aí percebi algo interessante: ao voltar dos boxes Vettel tomava o segundo lugar de Hamilton e Button começava uma visível e calma aproximação de seu companheiro- intocável.
Até aí beleza, quando não mais que de repente Vettel tratou de correr atrás do autraliano-bumerangue. Era hora dele fazer carinha de feliz com o primeiro lugar em suas mãozinhas ao contrário daquela cara amarrada da classificação de sábado.
E lá se foi ele no básico: "super Gêmeos, ativar!" e no caso era ele e o carro. Só que ninguém se transformou em nada. Só o carro que deixou de ser guiável e passou a ser estacionável (ai, que péssimo)Vettel atacou e quer saber?
Fez bem, fez muito bem, fez o que devia e deve ter pensado "se eu não tentar, me arrependo pelo resto da vida". E foi lá e fez. Acho que o Webber estava mimindo porque o alemãozinho estava mais rápido. Era "vai ou racha" e desafortunadamente rachou. E daí? Esse lance de maturidade e blábláblá já encheu. 'Bora atrás do objetivo, da meta. Se segundo lugar não basta, corra para o primeiro. Dê a cara a tapa.
Frouxos os da Ferrari que numa disputinha, se cede e depois reclama, se não cede, depois reclamam com eles.
Alguém já ouviu "quem não arrisca, não petisca"? Pois bem. Vettel quiz ser o "Hero of the day" e vamos ser conscientes que o orgulho de Webber também não facilitou né?
Novela? Sim. Polêmica? Mais ainda!Hora de falar de certo e errado. E eu digo: no calor daquele momento, não tem certo errado. Não disseram várias vezes "larga de ser tapada" quando eu disse que Lewis não poderia fazer essa ultrapassagens inescrupulosas? Pois agora eu digo: eu quero é ver o circo pegando fogo.
E foi assim. O preju de Vettel foi grande. Agora tem dois caras em conflitinho de egos na Red Bull. A raiva também motiva. E a gente assiste e se diverte, contanto que não extrapole para a bizarrice.
Button atacou Hamilton e como era de se esperar o intocável saiu-se melhor. Não acho que tenha acontecido um jogo de equipe, mas apenas Button visualisou que mais uma provocação ele seria o Vettel 2 da corrida. Mas já deu o susto limpo que deveria ao compatriota/companheiro que exibiu, além de um troféu que caiu no colo, exibiu também uma namorada tão quanto famosa, para todas as câmeras. De volta às redondesas a Pussycat Doll (estou com preguiça de procurar o nome correto da dita "senhoura") veio com imbatíveis histerias e pulinhos de torcida. Button nem conta mais com essa, parece que seu relacionamento com Jessica Michibata acabou-se. Button ontentou-se com abraços melosinhos no pódio com Lewis (que não estava com uma cara tão boa para quem ganhou corrida tão fácil) e essa bondade na comemoração só seria coisa de Button, o lorde inglês.
E Webber? Como um bumerangue, mesmo com o choque com Vettel, ele voltou a pista em terceiro. Ainda é líder do campeonato.
E como vai acabar a novela? "Sei não". Talvez nem acabe e eu sempre vou perguntar: e daí? *So what?*
Abraços mesmo afáveis (apesar da música "violenta" ^^ É Metallica poxa!)
Comentários
Há tempos não se discutia uma vitória com tanta força dentro da pista e com tantas possibilidades.
Tomara que a Ferrari aprenda algo com isto e acabe com o "tragam as crianças para casa"
E a musica não é violenta não. É instigante. Metal é sempre bom.
MC: "A Música do Grandes Mestres ", 70 anos da Orquestra Sinfônica Brasileira... Deve ter ser supremo!
É como disse certa vez qd comentei sobre arte. Não é fácil morar bem no interior onde a cidade parece que diminui com políticos agradáveis tanto quanto alguns de Brasília.
E estou de acordo com o fato de que devia ter a competição mesmo, não importando quem se daria mal. É aí que está a graça. E como Groo disse tomara que a Ferrari aprenda algo com isso. ^^
E sim, Metal é sempre bom hehehehe!
Fernando! Montreal nem deve falar tanto de futebol, e deve ser uma cidade maravilhosa p/ se passar uma temporada. Estou de acordo com vc!
Abs a todos!