Notinhas ácidas pré GP da Rússia
Logo depois do GP da Itália, os comissários agiram, com aquela - sempre sábia - canetada sobre incidentes de corrida. Dessa vez, foram super razoáveis em relação à disputa, já há muito acirrada, entre Lewis Hamilton e Max Verstappen.
Consideraram que o acidente envolvendo os dois em Monza foi equivalente, analogamente o mesmo que ocorrera em Silverstone.
Lá nas terras britânicas, deram 10 segundos de punição à Hamilton, considerado culpado de um acidente que consistiu em: ao perder o contato após uma largada acirrada com o rival, tocou e lançou Max à 51G de impacto numa barra de pneus. Lewis acabou por vencer a corrida, com bastante festa, enquanto Verstappen o outro tinha o carro detonado e umas horinhas extras no hospital.
Em Monza, decidiram, após a saída de ambos da corrida, que o culpado era outro. Numa disputa logo na saída do pitstop, e apesar de Lewis ter fechado espaço da pista para fazerem a curva de modo limpo, Max acabou atacando a zebra salsicha e, por um cálculo milimétrico do holandês, essa ação acabou catapultando o carro por cima das asas traseiras, a cabeça (protegida pelo capacete e o halo) do carro de Lewis. Isso foi digno de punição com menos 3 posições de grid para o holandês, no GP seguinte, nada mais e nada menos que o circuito de Sochi, em equivalência aos 10 segundos extras que Lewis pagou em pista, em Silverstone.
Tradução livre: "Muito bom" |
Nota 2:
Sobre o momento pós traumático de Lewis, do baque que foi ter uma roda passando por sua cabeça e forçando o seu pescoço, nada do que um "Emplastro Sabiá" não tenha dado conta de resolver. Aos enfermamente jovens, cá está o tal "medicamento":
Estou brincando com isso, pois, não parece que foi algo drástico. Na segunda-feira, um pouco mais de 24 horas depois do ocorrido, Hamilton compareceu muito bem disposto, em Nova York, ao evento MET GALA 2021.
Ele estava muito chique, todo trabalhado no visual fashion e movia o pescoço normalmente para as lentes entusiasmadas dos fotógrafos de celebridades, no tapete vermelho da festa. A única coisa que nós mortais podemos acompanhar e comentar é justamente essa chegada dos participantes.
E se você não sabe o que é MET GALA, você é um fã de automobilismo normal. Meus parabéns por essa ignorância, que, sem ironias, é mesmo uma dádiva!
Nota 3:
Diante dessa maravilhosa decisão, super equivalente e até, pragmaticamente justa, dos comissários em dar 3 posições à menos para Verstappen, em decorrência do que aconteceu em Monza, prevejo um resultado inusitado da corrida em terras russas, como se fosse uma Mãe Dinah, só que sem o toque de charlatanismo.
Há um "efeito blur" na bola de cristal, mas pelo que vi, Max Verstappen não ficará perto de uma pole position e perderá - ainda que por pouco - a segunda melhor tempo para Valtteri Bottas, que virá fazendo, nos TLs, o primeiro tempo.
O terceiro na classificação se transforma, graças ao livreto de regras, em sexto no grid e, pelo que traduzi, lá acabará permanecendo. Isso não se enroscar com algum afoito na largada ou um Esteban Ocon da vida no meio da corrida, ou cair para o fundo de grid por alguma razão qualquer.
PS: Esse "blur" pode ser considerado como nuvens de chuva ou spray, já que as previsões são de evento molhado em Sochi. Pode ser que, sabendo disso, a organização já tenha as suas cartas na mesa.
E por falar nelas, "perguntei ao Oráculo" sobre Hamilton, tive uma nitidez no vislumbre, dito pelo tarô: Ele fará o conhecido como "barba, cabelo e bigode", ou seja, pole, vitória (finalmente a suada 100ª conquista) e volta rápida. Vai retomar a liderança no campeonato pela terceira vez e amiguinhos, a sorte sorrirá! Do topo da tabela, pode não mais sair.
Nota 4:
Carlos Sainz disse que não está na F1 para ser um Rubens Barrichello e projetou título.
Eu escrevi "disse"? Bem, na verdade não foi isso.
Um erro quase imperceptível da imprensa lançou luz à um comentário que não foi em tom de crítica, mas redigido como se fosse sua ideia.
Questionado pelo jornal espanhol Marca sobre a questão de ter chegado à Ferrari não para ser "segundo piloto", lembraram do "team work" que Barrichello prestava à equipe na era Michael Schumacher, no que Sainz disse que essa não era a sua meta - ele queria ser campeão.
Logo mais, para nosso espanto, a situação virou polêmica e Sainz precisou se retratar, dizendo que "não fala mal de outros pilotos" e, numa atitude de fato nobre (sem sarcasmo aqui) disse que Rubens tinha 11 vitórias e ele, nenhuma. Nesse sentido, se considerou ninguém para criticar Barrichello.
Em nenhum momento de sua fala entendi como crítica, já que foi chamado à responder a questão colocada. Se engana muito quem acredita que pilotos atuais entram na categoria projetando serem sombra de outros. Além disso, o sonho de todos eles é terem a mesma vida boa que Lewis Hamilton tem.
Dito de outra forma: Sainz não menosprezou Barrichello. Só não tem o mesmo plano de carreira que o brasileiro acabou tendo. E ser o cara da qual a equipe pode confiar como "escudeiro" só se tornou vergonhoso graças à forma como a Ferrari lidou com isso, na ocasião citada.
Apesar de não parecer haver essa reciprocidade, Rubinho foi muito necessário na Ferrari naquela época e o seus serviços prestados, seguramente mais expressivos que um certo brasileiro que veio depois. O grande lance? Rubinho ficou ressentido e nunca soube lidar muito bem com isso. E a equipe, não parece se importar em dar o devido crédito.
Além é claro, do tom de piada que se instaurou sobre isso, graças à comediantes da época e hoje, qualquer um que pensa em segundo piloto, acaba pensando nele como exemplo.
A atitude do espanhol foi correta, sim, no entanto cobrar Sainz de ter que se explicar, é um pouco desproporcionado. Um modo de dizer sobre aquilo ele não quer alcançar como finalidade de sua carreira, não poderia ser entendido como um problema. No entanto, aqui, como se diz, tudo é levado para o pessoal. E a imprensa especialista, adoooooora isso.
As pessoas que acompanham F1 no Brasil tem a tendência de achar que o cara que dá suporte à equipe, chamado de "segundo" piloto, é algo de se "envergonhar" somente quando o tal em questão, é - ou melhor dizendo, foi - brasileiro. Quando Sainz falou sobre, acharam que foi em tom de chacota.
Só que, quando esse "segundão" é de outra nacionalidade, ninguém por aqui segura os comentários maldosos. Exemplo: Valtteri Bottas. Até eu tenho dificuldades de defendê-lo de ações na pista. Mas logo recobro ao fato de que seu suporte é sempre o segundo caso da Mercedes. E isso implica muito no estado emocional de alguém quando ele simplesmente não é considerado pelo ambiente. Equipes não são "coração" de mãe, que sempre cabe mais um... Mas mãe sempre tem um filho preferido.
Se, no lugar do Barrichello, Sainz tivesse ouvido falar em Bottas, poderia ter dito algo relativamente parecido e não teria dado "polêmica". Teria no máximo que lidar diretamente com o finlandês pelo comentário supostamente ofensivo (o que duvido que Valtteri iria tomar satisfações).
E por aqui, daríamos risada da situação e até consideraríamos Sainz "o sensato da parada"...
Tradução livre: "Vamos continuar" |
Os dois bonitinhos já tem as suas cotas de problemas, só para citar duas:
Tradução livre: "Oh, claro! Eu Esqueci! |
Em tese, ele precisaria trocar, estando no limite dos motores (terceiro), mas não vai deixar que façam isso justo agora. Uma que pode ser que na verdade não precise mudar tão já e duas, que no fim do grid, ambos? Não vai rolar...
Tradução livre: "Um escritório é onde sonhos viram realidade" |
Na nota 1, disse que Bottas contentaria-se com o melhor tempo apenas nos treinos livre e acabamos de ter essa confirmação com os dois TLs já ocorridos, que eu não assisti por motivos de... Não quis!
Tradução livre: "Eu ouço felicidade aqui?" |
— Diego Luciano (@Diego_Luciano_) September 24, 2021
Oferecimento: Escola Lance Stroll. Certificado: Strollada.
Nota 10:
Muito bem, há previsão de chuva no sábado. E no caso, a organização pode optar pela classificação ser adiada para domingo, pouco antes da corrida.
Vamos esperar que não seja uma Bélgica 2.0. Mas se for também, "who cares?" Menino Hamilton estará virando o campeonato e, na Rússia, trazendo à tona o discurso de que o "Octa já é realidade".
Tradução livre: "Você não confia em mim?" |
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