Pontinhos pré Azerbaijão
Ponto 1:
Ponto 2:
A tal roda presa no carro do Bottas em Mônaco, saiu na quinta feira. Na QUINTA-FEIRA!
Onde estavam o chefe (e seu piloto prioritário)? Estavam curtindo uma vida boa com iate e jet skis.
Já Bottas, devia estar chutando portas (pensando nas porcas) em casa. No entanto, não ia resolver. Seu chefe e subalternos, deram de ombros e não se preocuparam com o tempo.
Naquela boa vontade, só resolveram o lance da porca 4 dias depois, dando uma deixa do pit stop mais longo de todo o F1.
Eu não queria ser Bottas nesse momento. Na verdade eu não queria ser ninguém que não Lewis Hamilton.
Ponto 3:
É interessante como a Mercedes sempre tem algo que acoberta as falhas de Lewis. Primeiro Ímola., depois o GP de Mônaco 2021. Esse último é um capítulo que eu adoraria resenhar da história grandiosa do genial piloto, o melhor e maior de todos os tempos. Mas não fui, nem serei convidada.
Focados na porca do Bottas (coisa esquisita de se escrever num texto...) não foi dado o devido crédito à inabilidade do Blessed-Man nos circuitos de rua.
Resultado: a equipe considerou que o problema não era com ele e assumiram as falhas. Já Valtteri era, até o último instante, o culpado da porca espanada.
Eu que não tenho sangue de barata, estou possessa com isso.
Ponto 4:
Não é de se espantar que ninguém tenha se dado o trabalho de mandar o ReiMilton para aquele lugar inóspito e quente, depois de divulgarem que, pelo fraco desempenho no último GP, as negociações de renovação com a Mercedes tivessem ficado abaladas. Oras, quando ele vence, ele é sobrenatural. Quando não faz muito na corrida, a equipe errou com ele.
O que me intriga é que, Bottas é facilmente dispensável (e humilhado). Mas um cara que enche o saco para fazerem tudo pra ele, 'fiiiiiica' até não poder mais.
Querendo isso e querendo aquilo, a gente não vê o cara ir fazer vistoria na pista. Todos os pilotos andam pelo asfalto, conhecendo ou não. Alguns deitam no chão para olhar melhor os ângulos e ondulações. Lewis nem sequer é de ficar em simulador.
De algum modo, ele nem precisaria, pois tudo está pronto para ele. Ele nem precisa se dar o trabalho de, pelo menos, em vídeos de joguinhos promovidos pela F1, nomear pessoal da equipe enquanto joga uma bolinha para cima, ou em poucos segundos dar o maior número de nomes de equipe que começam com a letra M.
Dizer McLaren, ficar "estagnado" como se não estivesse vestindo o macacão de uma outra equipe, que começa com M, desde 2014 e não ficar nem um pingo sem graça por ter "esquecido" disso, é esse cara que todo mundo tem vários motivos para defender e chamar de "consciente, sensato e genial" (e muito disso, inclusive pelas postagens no Instagram).
Ele pode até passar na catraca para entrar no paddock com todos os outros pilotos chegando, juntos e ser o único de roupa normal, enquanto os demais estão vestidos com camisas das suas equipes.
"Mas ele é 'style'"...It's Sainz out front, Ricciardo giving chase...
— Formula 1 (@F1) June 4, 2021
And here comes Sebastian Vettel (and Mick Schumacher)! 😃#AzerbaijanGP 🇦🇿 #F1 pic.twitter.com/sMz8DtvKX6
Ponto 5:
O ponto anterior acabou sendo uma nota ácida. Mas a questão pode ser facilmente contornada aqui, no quinto pontinho...
Não é tão mais fácil subir os jovens que tenham talento e precisem se provar para a equipe, garantindo por um tempo, uma trégua para as orelhas e sossego no sono dos trabalhadores? Um dos caras é chato e o outro é fraco? Manda embora! Tem um 'tantão' na fila.
Que frescurite é essa que aceitam um que manda e desmanda na empresa e o outro que precisa ser urgentemente esculhambado para dar lugar para outro?
Juro que não entendo. Quem faz dupla não é importante, então, coloca qualquer um! E diz para o que gosta do tapete e do trono: "filhão, está aqui o carro. Faça o que deve fazer e não enche!"
Não é 'extraordinário'?
Ponto 6:
Só a Red Bull e a Ferrari são máquinas de moer carreiras, e cada uma a seu modo.
Esse ponto aqui vai ser polêmico *spoiler*: A Red Bull é que está certa. Não esperam que alguma estrelinha comece a brilhar e encher o saco. Mandam caçar a própria turma, antes disso.
Muitas vezes, pode ser precipitado e até cruel, mas pelo menos, evita a fadiga de guiar pela mãozinha o mimadinho e ter um esforço contraproducente para blindar o gostosão que chegou no ápice do ego inflado.
No caso, a Mercedes emula a Ferrari. Humilha um em detrimento do outro. Só que em Maranello, enquanto eles humilham, eles se apaixonam por outro. Nessa, a Mercedes perde: gostam de quem destrata? Quando tiver a bunda chutada, os que vierem para ocupar o mesmo lugar, já vão exigir as mesmas coisas. Eis o princípio de acharem que lá, não tem pulso firme e podem bagunçar o coreto.
Afinal, quem é que manda?
Ponto 7:
David Couthard disse que a F1 está saindo da era Hamilton para a era Verstappen. Eu não sou fã de Max Verstappen a ponto de comemorar isso, mas no momento estou clamando que ele desbanque a Mercedes, neste ano.
Só neste ano? Por enquanto, sim. Não creio que a Red Bull tenha pique para fazer do Max um novo Sebastian Vettel, por exemplo, mas é possível que isso aconteça e não me incomodará tanto quando eu pensava.
Não tenho raiva da F1 pelas hegemonias de um piloto ou uma equipe. Eu comecei a me interessar mais intensamente por corridas na era Schumacher.
Já passei dos 30 e estou aqui, ainda.
A situação é a seguinte: torra a paciência o absolutismo que fazem dessa "era Hamilton". Quem teve as suas "eras" desbancadas, sempre tinha o ponto de "rivais jovens, impetuosos" terem sido as suas "criptonitas".
No caso do Hamilton, jogam a ideia do carro que não está ok, logo no começo do ano. Se ele se perde: "o carro, a equipe, enfrentam problemas...". Se ele vence, ele simula que fez uma corrida difícil e a imprensa engole com arroz e feijão, balbuciando "genial, genial...".
Ponto 8:
Lembram do Fernando Alonso? Depois que foi para McLaren, despiram o espanhol como um cara arrogante à olhos vistos. Na Ferrari, bateram carimbo: Fernando foi pintado como insuportavelmente exigente. Choveu (e chove) críticas em relação o seu comportamento um tanto duro no trabalho.
Mas se o Lewis dá entrevistas e diz que não tirou lições nenhuma de Mônaco, mas a equipe sim, deveria ter várias para aprenderem... Bem, ele é Lewis! A Estátua de Ouro já está pronta. Falta só canonizar.
Ponto 9:
Ainda dentro desse assunto, tenho outro ponto polêmico. Se segurem que essa é forte.
Mudei de ideia! Não quero mais que Hamilton se aposente no final do ano. Estou, agora, torcendo para que ele perca o campeonato atual, grite com meia Mercedes, dê olhares fuzilantes para a outra metade e aceite ficar em 2022 com as condições de ter um carro imbatível, muita grana, e claro, um companheiro de equipe escudeiro, mas cordeirinho (pode ser que Bottas fique, sob a pressão de não ter para onde ir e se sujeitar a ser o capacho-molenga).
Na imprensa, Hamilton vai dizer que achou ótimo a disputa com Max e voltou a se sentir motivado com a F1, querendo saborear mais um ano, combativo como nunca. Para mim, ele só irá desejar ter chances de esfregar o tal oitavo título.
A chance de ver a sua verdadeira de decadência com a mudança de regras é um cenário que vislumbro, sedenta. Pelo falatório que ele propiciou e pela imprensa que aceita que ele diga tudo isso, dia após dia e não seja criticada uma vírgula, eu simplesmente desejo demais.
Quero a Mercedes baratinada, porque se focou com a porcaria do seu contrato e o campeonato de 2021 e não prestou atenção que, não é para ele que tinha que dar ouvidos, era continuar fazendo o dinheiro render no carro e não no cara.
Hashtag MMM: "Mundo Maravilhoso da Manu"
PS: Não vai acontecer, viajei e preenchi espaço.
Ponto 10:
Vamos para Baku, a cidade sede do circuito do Azerbaijão que faz a gente querer fazer rima de 5ª série.
Imagens lindas, em mais um circuito de rua.
A Mercedes não está bem.
Parece que vem vitória da Red Bull. E pode ter pódio da dupla. A chance é grande, pois a Ferrari pode até estar forte de novo, mas é a Ferrari. Tenho lá minhas dúvidas de não fazerem bobagem.
E Charles Leclerc já bateu na curva 15, no TL2. Em 2019, ele também não se deu com o circuito e em 2020, nem no jogo de simulador.
E parece que Toto Wolff já "encrespou": a tal asa traseira da RBR que denunciaram e pediram que fosse mudada antes do GP da França, voltou ao assunto.
Pediram à FIA que fosse mudada em Baku. E é em Baku que a Mercedes aparece sumida nos Treinos Livres:
Posso rir? Porque sei que é por pouco tempo...
Fico por aqui, desejo boa classificação e corrida a todos, espero que estejam à passos de serem imunizados, se já não tomaram a primeira dose. Pra mim, ainda demora tomar a vacina. Não estou contando que aconteça antes do fim do ano, nem no ano que vem.
Ainda assim, fiquem bem, se cuidem e continuem usando máscara PFF2 para sair, só quando for muito necessário.
Abraços afáveis e até segunda!
Comentários