Faixa a Faixa: Into The Wild
De volta, com mais um Faixa a Faixa, para dar uma relaxada feliz com umas músicas boas.
O álbum que venceu, surpreendeu que fosse o escolhido. Entrou recentemente na enquete, e teve dois votos, sendo a escolha deste post.
Agradeço já quem participou e já encarno a "pidona" para a pedir que votem na próxima enquete no fim da postagem, belê?
A mais folk do álbum é também uma canção premiada. Uma sacada excelente de Vedder para sua composição com todos os elementos necessários sobre a história, as metáforas e alegorias, a vida, as relações humanas e a nossa contribuição para tudo que implica a nossa humanidade. Ela tem uma longa pausa de silêncio e um retorno com melodia acompanhada com a voz. Pode parecer enfadonha para alguns, mas pode ser também proposital para reflexão.
► Uma história do disco, uma questão pessoal ou uma curiosidade:
Eu demorei um tempo para assistir o filme. Havia o DVD original do filme em casa e depois de um tempo é que decidi assistir e conferir o tal filme interessante e filosófico que era. Não vou mentir que não achei assim tão legal. Tive uma visão meio radical de tudo que dá para discutir com ele. Mas em termos artísticos, o longa conta uma boa história, com recortes precisos e invocam pertinências e perguntas corriqueiras, mas que as respostas não são solucionadas. É obvio que algumas passagens tenham sido floreadas. Mas isso faz parte da sétima arte. A questão posta é que, um filme sem uma música encaixada é um como um convidado mal vestido na sua festa. Ele destoa entre os demais e não te oferece conforto. Vagamente, "In The Wild" ganha uns pontos quando analisamos a contribuição que a trilha proporciona à história.
Comentem sobre o disco, o filme e o que mais quiserem!
Lanço aqui, os próximos 5 álbuns para votarem. Últimas chances para Faith No More e Metallica, e o acréscimo do meu álbum favorito de Aerosmith:
Está com vocês agora! Beijo nas crianças e, claro, abraços afáveis!
O álbum que venceu, surpreendeu que fosse o escolhido. Entrou recentemente na enquete, e teve dois votos, sendo a escolha deste post.
Agradeço já quem participou e já encarno a "pidona" para a pedir que votem na próxima enquete no fim da postagem, belê?
♫ Nome do álbum: Into The Wild
O primeiro álbum do vocalista da banda Pearl Jam, "Into The Wild", foi, na verdade, parte da trilha sonora de um filme de mesmo nome, traduzido em nossas terras tropicais como "Na Natureza Selvagem". O filme é de 2007, baseado na história biográfica de Christopher McCandless que viajou pela América do Norte no início da década de 1990. Há um livro, de 1996 de Ken Krakauer com o qual o roteiro do longa se baseia. A história é real, de um aventureiro idealista que buscou romper com o materialismo da sociedade em que viveu. Viver com intensidade, buscar tudo da natureza que tanto amou e não ter obtido o que procurava, é a questão que mais salta aos olhos. O debate que permeia todo o filme é aquela exaltação de uma sociedade doente, materialista e mesquinha que vivemos e o quão difícil é se desprender disso. Não para menos, o diretor é ninguém menos que Sean Penn. Basta dar um Google para saber a postura ideológica do ator fora das grandes telas.
O que posso adiantar é que Eddie Vedder é amigo de Sean Penn, Tim Robbins e atores politizados de Hollywood. Penn escolheu Vedder para formular a música para o filme, muito provavelmente pois, anteriormente, o músico havia contribuído com duas músicas para a trilha sonora do filme "Dead Man Walking" (Os Últimos Passos de Um Homem) de 1995, e um cover de " You Got to Hide Your Love Away ", dos Beatles, para a trilha sonora do filme de 2001 "I Am Sam" (Uma Lição de Amor). Em ambos, Sean Penn faz os papéis principais.
► Arte, capa e encarte:
Existe, obviamente, o disco com a capa do pôster oficial do filme. A capa abaixo é do LP:
Sejamos pragmáticos, essa é mais interessante que pôster do filme:
No primeiro caso, temos um jogo de sombras interessante e simples, fazendo menção, talvez ao fato da busca do equilíbrio de forças da história do personagem: viver em sociedade e viver da natureza. Porém isso é decididamente subjetivo, sendo então um palpite meu.
No segundo caso, para quem assistiu o filme, faz pleno sentido por ser nesse ônibus velho que McCandless passa boa parte dos seus *spoiler alert* últimos dias. Ali em cima, ele contempla o lugar e faz o que faz o tempo todo, desde que decidiu partir em busca de uma epifania para sua vida: pensar.
Sobre a arte do LP, temos: Brad Klausen – layout, design, Francois Duhamel e Chuck Zlotrick –responsáveis pela fotografia e a arte final, Anton Corbijn – fotografia e Sato Masuzawa – ajustes artísticos.
Datados de setembro de 2007, o filme e a trilha foram indicados à vários prêmios, tendo ganhado um Globo de Ouro de Canção Original por "Guaranteed".
► Membros da banda, composições, participações especiais e convidados:
Voltado para o estilo folk, Vedder compôs ou trouxe canções baseados no material que Sean Penn deixou à ele. De início, a criação passou a ser produzida a partir do roteiro. Depois de três dias, Penn recebeu as canções e essa troca foi sendo feita, de modo criativo, livre para o músico.
No álbum, há duas canções não compostas por Vedder. Uma delas é a cover "Hard Sun" de Indio, Gordon Peterson, um compositor e músico canadense. A música provém de um álbum dele, de 1989, chamado "Big Harvest". A outra é "Society" de Jerry Hannan, um dos músicos convidados para a gravação do álbum.
Responsáveis: Eddie Vedder – vocal, guitarras, baixo, bandolim, banjo, piano, órgão, bateria, percussão, produção, mixagem, layout e design.
Convidados: Jerry Hannan – guitarra e backing vocals, Corin Tucker – backing vocals.
Técnicos: Adam Kasper – produtor, gravação, mixagem, John Burton e Sam Hofstedt – engenheiros de som, Bob Ludwig – masterização, George Webb III – técnico e Mike Kutchman – assistente técnico.
► Produção e Gravadora:
Além de Vedder, como produtor temos:
Técnicos: Adam Kasper – produtor, gravação e mixagem, John Burton e Sam Hofstedt – os engenheiros de som, Bob Ludwig – responsável pela masterização, George Webb III – técnico de som e Mike Kutchman – o assistente técnico.
Técnicos: Adam Kasper – produtor, gravação e mixagem, John Burton e Sam Hofstedt – os engenheiros de som, Bob Ludwig – responsável pela masterização, George Webb III – técnico de som e Mike Kutchman – o assistente técnico.
"Into The Wild" foi gravado em 2007 no Studio X em Seattle pelo selo J Records, propriedade da Sony Music Entertainment e distribuída pela RCA Music Group. A J Records era o selo da banda Pearl Jam, antes da dissolução da RCA em 2011.
"Into The Wild" como trilha sonora foi lançado dia 18 de setembro de 2007. Possui 11 canções e 33 minutos e 04 segundos de duração.
► Música favorita do álbum e a segunda melhor:
A minha favorita é "Far Behind" e a segunda escolha fica com "Rise". Mas a menção honrosa fica para "Hard Sun", sem sombra de dúvidas, um excelente cover.
► Música favorita do álbum e a segunda melhor:
A minha favorita é "Far Behind" e a segunda escolha fica com "Rise". Mas a menção honrosa fica para "Hard Sun", sem sombra de dúvidas, um excelente cover.
► Faixa a Faixa de "Into The Wild":
Gosto muito da voz de Eddie Vedder, então uma música mais ou menos, com seu toque, soa uma boa pedida para dedicar uns bons minutos de audição. "Setting Forth" é curtíssima, com um minuto e trinta e sete segundos, muito bem harmônicos trazendo uma boa vibe para as demais canções dodisco e abrindo espaço nos nossos ouvidos para a também curta, faixa dois.
Começando com um banjo, a também curta faixa "No Ceiling" é cadenciada, e amistosa. Um folk simples que casa bem com atmosfera inicial do filme, meio "road movie".
Mais animadinha, Far Behind é uma das minhas canções favoritas do disco, bem mais típica de Eddie e que soa funcionar super bem em apresentações ao vivo que ele fez e faz durante o tempo do filme e posteriormente, em meio a turnês com o Pearl Jam.
Para abaixar os ânimos exaltados na faixa três, em "Rise" temos apenas a combinação de voz e bandolim nada intimista. Apenas perfeitinha e direta.
A canção mais "caidona" do disco é a faixa "Long Nights", quase reforçando a ideia de contemplação e solidão, juntas num só "pacote sentimental", se assim posso descrever. Melancólica como deve ser, mas ainda assim que te trás conforto.
A sexta faixa tem apenas 1 minuto de melodia em violão sem voz, mas que diz bastante coisa, especialmente a lembrar que se trata de uma cancão para trilha de filme. Ela dá engate para a regravação de "Hard Sun" que vem logo em seguida.
Confesso, o dia que assisti ao filme, e ouvi essa música achei espetacular. Minha infeliz ignorância me traiu, pois nem imaginava que era uma canção já existente. Quase agi como adolescente sabe-nada de hoje e saí falando a bobagem de que Vedder era um gênio por ter escrito tão bela canção.
Por sorte, não fiz isso e descobri a canção original e fui ouvir para comparar. Ela não é muito diferente em termos de melodia e voz. Obviamente a releitura do Vedder tem a sua marca registrada que é a sua voz, por vezes copiada (muito mal) por aí afora. Mas isso não tira o mérito da nova roupagem, inclusive não ter interferido muito ainda teve a sua especificidade.
A sacada melhor é, de fato, o encaixe da música de 1989 para compor a trilha do filme. Uma música que te dá sensação de liberdade e casa totalmente com a história de McCandless.
Outra canção que não foi composta por Vedder mas que tem a sua interpretação como ponto alto. A canção tem apenas voz e cordas e é carregada com uma letra de crítica a sociedade. Segue o trecho do refrão consciente:
♫ "Setting Forth"
Gosto muito da voz de Eddie Vedder, então uma música mais ou menos, com seu toque, soa uma boa pedida para dedicar uns bons minutos de audição. "Setting Forth" é curtíssima, com um minuto e trinta e sete segundos, muito bem harmônicos trazendo uma boa vibe para as demais canções dodisco e abrindo espaço nos nossos ouvidos para a também curta, faixa dois.
♫ "No Ceiling"
Começando com um banjo, a também curta faixa "No Ceiling" é cadenciada, e amistosa. Um folk simples que casa bem com atmosfera inicial do filme, meio "road movie".
♫ "Far Behind"
Mais animadinha, Far Behind é uma das minhas canções favoritas do disco, bem mais típica de Eddie e que soa funcionar super bem em apresentações ao vivo que ele fez e faz durante o tempo do filme e posteriormente, em meio a turnês com o Pearl Jam.
♫ "Rise"
Para abaixar os ânimos exaltados na faixa três, em "Rise" temos apenas a combinação de voz e bandolim nada intimista. Apenas perfeitinha e direta.
♫ "Long Nights"
A canção mais "caidona" do disco é a faixa "Long Nights", quase reforçando a ideia de contemplação e solidão, juntas num só "pacote sentimental", se assim posso descrever. Melancólica como deve ser, mas ainda assim que te trás conforto.
♫ "Toulumne"
A sexta faixa tem apenas 1 minuto de melodia em violão sem voz, mas que diz bastante coisa, especialmente a lembrar que se trata de uma cancão para trilha de filme. Ela dá engate para a regravação de "Hard Sun" que vem logo em seguida.
♫ "Hard Sun"
Confesso, o dia que assisti ao filme, e ouvi essa música achei espetacular. Minha infeliz ignorância me traiu, pois nem imaginava que era uma canção já existente. Quase agi como adolescente sabe-nada de hoje e saí falando a bobagem de que Vedder era um gênio por ter escrito tão bela canção.
Por sorte, não fiz isso e descobri a canção original e fui ouvir para comparar. Ela não é muito diferente em termos de melodia e voz. Obviamente a releitura do Vedder tem a sua marca registrada que é a sua voz, por vezes copiada (muito mal) por aí afora. Mas isso não tira o mérito da nova roupagem, inclusive não ter interferido muito ainda teve a sua especificidade.
A sacada melhor é, de fato, o encaixe da música de 1989 para compor a trilha do filme. Uma música que te dá sensação de liberdade e casa totalmente com a história de McCandless.
♫ "Society"
Outra canção que não foi composta por Vedder mas que tem a sua interpretação como ponto alto. A canção tem apenas voz e cordas e é carregada com uma letra de crítica a sociedade. Segue o trecho do refrão consciente:
Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me
Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me
♫ "The Wolf"
De todo o disco, The Wolf é uma canção que por não ter letra, trás mais "feelings" do que se dissesse algo a respeito de um homem livre na natureza. Talvez seja muito mais isso que reflita bem no filme do que qualquer uma das outras 10. É ouvir para conferir.
♫ "End of the road"
A penúltima canção do álbum quase me lembra Pearl Jam e poderia facilmente estar num dos recentes álbuns do grupo de Seattle. Serve como introdução para a longa e principal canção do disco.
♫ "Guaranteed"
A mais folk do álbum é também uma canção premiada. Uma sacada excelente de Vedder para sua composição com todos os elementos necessários sobre a história, as metáforas e alegorias, a vida, as relações humanas e a nossa contribuição para tudo que implica a nossa humanidade. Ela tem uma longa pausa de silêncio e um retorno com melodia acompanhada com a voz. Pode parecer enfadonha para alguns, mas pode ser também proposital para reflexão.
► Uma história do disco, uma questão pessoal ou uma curiosidade:
Eu demorei um tempo para assistir o filme. Havia o DVD original do filme em casa e depois de um tempo é que decidi assistir e conferir o tal filme interessante e filosófico que era. Não vou mentir que não achei assim tão legal. Tive uma visão meio radical de tudo que dá para discutir com ele. Mas em termos artísticos, o longa conta uma boa história, com recortes precisos e invocam pertinências e perguntas corriqueiras, mas que as respostas não são solucionadas. É obvio que algumas passagens tenham sido floreadas. Mas isso faz parte da sétima arte. A questão posta é que, um filme sem uma música encaixada é um como um convidado mal vestido na sua festa. Ele destoa entre os demais e não te oferece conforto. Vagamente, "In The Wild" ganha uns pontos quando analisamos a contribuição que a trilha proporciona à história.
Comentem sobre o disco, o filme e o que mais quiserem!
Lanço aqui, os próximos 5 álbuns para votarem. Últimas chances para Faith No More e Metallica, e o acréscimo do meu álbum favorito de Aerosmith:
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