Novelinha da F1 - Capítulo 6: GP de Mônaco

Aaaaaaah, Mônaco...


Para muitos, Mônaco é um lugar sagrado. Um templo do automobilismo. 
A F1 sempre foi requintada. Eu sei, nós sabemos. De uns 20 anos para cá certamente, ficou sendo a categoria mais "fresca" de todas. Mônaco é o lugar onde a F1 se sente muito mais rica e poderosa.


Se deixei claro que para muitos é um lugar sagrado, talvez seja por isso, que seja heresia da minha parte "zuar" o circuito. Não farei isso. Até porque nem os GPs bons estão sendo bons ultimamente. Os adoradores de Mônaco talvez até, concordem comigo, quando chegarem ao final desse texto. Ou assim, espero.
Porém, antes, vou montar meu escudo: nunca fui fã de Mônaco porque fico altamente afobada com aquelas ruas estreitas. Acho que já devo ter escrito algo semelhante à isso noutros anos, aqui no blog. Lembro (vagamente) que Mônaco era sinônimo de corrida complicada, com largadas sujas e poucos carros completando a etapa. Quando comecei a acompanhar todo domingo, sem falta, as tensões de que "alguém vai fazer merda aí" sempre acompanhou-me nos domingos de GP monegasco. 
E então, a estabilidade chegou e assolou a categoria. Mônaco demorou, mas não escapou dessa.


E infelizmente, Mônaco ficou sendo, a maior parte de glamour, festas chiques, rei e rainha, e iates suntuosos. Vez ou outra a gente tinha algo a observar por ali, no que diz respeito à automobilismo. Mas, eu temia, fortemente que, do jeito que a novela da F1 está, ia ser horripilante assistir ao GP.


Vejam bem, não sou fã do traçado. Gosto mais de Spa e Monza. Agora, que boa coisa podia não vir para o GP - dado que os anteriores já foram péssimos - isso era uma premissa terrível, levando em conta a tradição do circuito. Então permitam-me, os fãs de Mônaco, brincar com o indefensável, com um papinho longo com doses homeopáticas de sarcasmo.


Mônaco é amado por 9 entre 10 brasileiros fãs de automobilismo. Aqui no Brasil é muito por conta de um personagem famoso. A expectativa de chegar esse GP não é boa. Geralmente, o evento monegasco acontece em meados de maio e assim, conclui-se pelo menos temos um mês de exaltação do cara que há 25 anos não tem o descanso eterno. 
Se existe purgatório, ele está lá, não por algo ruim que tenha feito na vida, mas porque as pessoa do plano terreno não esquecem o homem. Era com sofrimento que eu pensava que seria mais um fim de semana dele voltando frustrado, depois de quase chegar à luz. 


Infelizmente, perdemos outra lenda do automobilismo na mesma semana do GP: Niki Lauda. Sua partida era um desvio das lembranças de Senna. Porém no Brasil, partilhariam das duas mortes, de forma digna de  um programa da Sonia Abraão.  


Niki, como escrevi, uma lenda, foi mencionado com carinho por muitos. Mas também foi usado como "muleta" de um penta campeão para faltar às suas obrigações. O fake luto também foi arregalado em pinturas e afins. Niki foi homenageado pelo mesmo por um feito que, se tivesse vivo, teria pensado ter sido nem próximo do honroso.


Mesmo assim, Mônaco era aguardada com entusiasmo: pois, poderíamos ver o monegasco Charles Leclerc correndo e destilando todo seu talento no que a gente chama vulgarmente de "quintal de casa". - Imagina só, ter um quintal de casa, daqueles? 


Além disso, Kimi Räikkönen estava alcançando uma marca de 300 GPs pela F1, marca que era antes de Rubens Barrichello e que a transmissão da Globo jurava que não sairia das mãos dele. 
Se enganaram, não é mesmo?!


O que eu esperava dessa marca, vindo do Kimi? Nada. O cara não gosta de números, nunca gostou. No fim, não tem razão comemorar tantos GPs se não tem tantas vitórias, nem títulos, assim. Ele está certo. Ainda que tenha mudado, não gosta de holofotes, embora sua esposa, o exponha sempre que ela acha necessário.


O que eu esperava da transmissão brasileira sobre isso? Mencionar com dor de cotovelo e desvio a falar de Barrichello.
O que fizeram? Nem sequer comentaram. 


Jornalismo completo de informações, hein? Uaus!!!

Vamos aos fatos? Vivemos tempos bizarros, até mesmo na F1.
A Ferrada, perdão, a Ferrari decidiu que, no Q1 faria um simples arroz com feijão para o almoço de sábado. 
Deixa eu explicar uma coisa para vocês: A Ferrari é meio que o Império Romano. Acharam que eram poderosos, mas eram burros como uma porta - não souberam negociar, acharam que a estratégia deles era sempre confiável e infalível, e principalmente, acharam que toda suntuosidade de seu império seria eterno. Não levaram em conta por exemplo, que para manter o poder, era preciso muito a se pensar, não só guerrear, tomar e subjugar o outro. Não à toa, foram pegos, várias vezes, com as túnicas na mão, por invasões de outros povos, que foram provocados. 
A Burrari, perdão, a Ferrari fez o que fez com Leclerc, por tradição de pouco raciocínio prático. Já fez até com Räikkönen ou com Vettel. Fez com o Massa, algumas vezes. Claro que nesse último, eu dei muita risada... 


Mas depois parei de rir. Ele, ao dar declarações, jogava a culpa na "estatégia"... - como ele falava. 


Engraçado que, por vezes o pessoal massacram os pilotos da equipe. É como se quando chegassem à Ferrada, digo, Ferrari, transbordassem talento. A questão é mais que essa. As vezes o cara tem talento, mas a equipe suga tanto suas energias, que tudo que poderia ser considerado, escapa entre os dedos. 
Isso o Vettel aparenta já ter percebido. Está apático e resiliente. Dando de ombros. Aceitando migalhas. E não tem falado mal da equipe, mesmo quando ela erra feio. 
Não se pode esperar o mesmo de Leclerc. Ele é um segundanista na F1. Ainda tem vigor correndo nas veias. Porém, nossa expectativa pode estar a passos de ser anulada. Mal sabermos se ele é mesmo talentoso ou com uma força de vontade de garoto sedento. Acredito eu que essas coisas se confundem. Podemos perceber qual é qual enquanto a carreira de qualquer piloto se desenvolve na categoria, ou ele se aposentar, sem que tenhamos a mínima noção. Podemos todos estar enganados nos nossos julgamentos a respeitos de todos os nossos pilotos favoritos. Podemos estar ainda muito mais enganados com relação àqueles que detestamos. 
Como saber? Não tem fórmula. Tudo vai pairar no campo do achismo. 
Assim sendo, o máximo que podemos fazer é usar o bom senso e não forçar a nossa opinião goela abaixo dos coleguinhas. #Ficaadica


O erro da Burrari, *opa!* Ferrari nem era surpreendente. Sugiro ao menino Leclerc um psicólogo, uma terapia com a natureza ou um templo de meditação. É assim que as coisas na Ferrari "funcionam" e vai continuar. Eles vão achar sempre, que nunca, nada, vai tirar eles da zona de conforto. Até que acontece. O máximo que eles fazem é pedir desculpas. Mas o leite já derramou.
E a perspectiva da frustração enche qualquer um de energia, ou enche de afobação. Como um menino, muito jovem, com grande responsabilidade na mão, a afobação por resultado era fato certo como dois mais dois, são quatro.


De repente, aquela história de que deve-se mudar toda a administração da Ferrari, voltou à tona pelos especialistas de plantão. Mal sabemos se Leclerc é só um garoto simpático, mas saímos na defesa dele. Ter velhos de guerra, como Alonso, Vettel e Räikkönen acabando suas carreiras de forma melancólica, é uma coisa. Um menino que tem muito para dar (sem trocadilhos, eu juro!) passa a ser sacrilégio.
Nesse caso, estou com o coração endurecido. Por muito tempo, o problema da Ferrari não era pilotos. O problema dela nunca foi um suposto soberbo Alonso, um suposto mimado Vettel, um fraco Massa ou um suposto desmotivado Räikkönen. Talvez um fraco Massa ( não podia perder essa!)... 


A questão mais feia da Ferrari sempre foi administrativa, estratégica. Faltava gente para chegar e botar ordem na casa, de pedir que façam o seu melhor e principalmente dizer que se querem continuar na categoria, que façam por onde. Sair dando uns tapas na cara desse pessoal para que eles caiam na real, é coisa necessária à pelo menos 12 anos. As invasões bárbaras estão aí. E quantas vezes, Roma foi saqueada?...


Além disso, não existe FIA, existe M(ercedes)IA. E o Império da Mercedes é mais bem sucedido que o da Mesopotâmia, do Egito, Persa e afins, juntos. Tanto que o trabalho é largamente facilitado pela falta de tato da Ferrari. Acrescenta-se isso à aquelas justificativas nada convencionais de que o carro tem isso, tem aquilo e tem esse detalhe que facilita a sua hegemonia e pronto. Fecha-se com um tanto enorme de jornalistas puxa-sacos e temos então, um roteiro de 21 capítulos para uma novela daquelas bem previsível.


Em Mônaco, o que rola é muito mais grana e glamour que em outros circuitos. Até o Homem de Ferro já foi à Mônaco no filme dois da franquia. 
O lugar é da F1 e a F1 é desse lugar. 
Que mais oba-oba se a equipe mais rentável do momento, a mais perfeita, a mais amada da Liberty (certamente) e o cara mais garoto-pimpão, fashionista, trabalhado no glamour, do MET Gala, celebridade amigo de outras celebridades, à fazer a pole, quando se era certa que fosse o seu companheiro?
Que surpreendente, não?


Não se enganem, o roteiro está pronto. Não adianta fazer petição para reescreverem a temporada.
Capítulo 6 à vista, e a expectativa era mais broxante que o final de Game of Thrones.


Eis que, não há nada que justifique Mônaco ser assim tão chata. Ainda não é Barein ou Espanha. Além disso, é tradição. E tradição ainda é necessário, mesmo que tudo esteja uma porcaria. O problema nem é mais só circuitos pouco emocionantes. A questão é que a F1, como um todo, está deixando todos nós sem vontade.
Mesmo não gostando do traçado, não tendo o lugar como o meu favorito, uma coisa todos vão concordar comigo: Mônaco não mereceu o final que teve. 


Vejam bem, a única coisa que já aconteceu em outras temporadas foi a Ferrari errar feio a estratégia de um de seus pilotos, deixando margem para que ele cometesse erros infantis na corrida. Isso foi o que aconteceu. E só ele foi saiu da corrida. Sem nem sequer ter batido na largada, por exemplo. 
Largada que por sinal, foi frouxa. Ridiculamente frouxa para Mônaco. Bottas escudeirão, deixando um largo espaço para o bonitão Hamilton tomar a dianteira. 
Leclerc saiu tempos depois, por complicações de um  um toque, bobinho, que furou seu pneu e exigiu um Safety Car safado para limpar a pista quando ele ainda permanecia na pista. Não teve SC por conta de carros destroçados. Mal houve um Kubica atravessado na pista. Lento, até para quem vinha atrás. Conseguiram até esperar um jeito de conseguir passar do lado e seguir a procissão sem santo na frente. 


O Safety Car sugeriu que ocorressem as paradas. Os carros foram trocar pneus em estratégias de parar uma só vez. Pairava a ideia de chuva, que não era vantajosa. Um pingo, um escorregão e já seria alerta. Se fosse um dos "grandes", eles parariam a corrida no ato. 
Mas, a certeza era uma só: não choveria o suficiente para mudar os ponteiros. Para isso, era uma esperança já morta e enterrada.



Num dos releases de pilotos dos boxes, a Red Bull soltou Verstappen quando Bottas já estava no pit lane. Um pega entre os dois, Verstappen ganhou a posição do finlandês dando um sutil "chega pra lá". A punição para o Verstappen era certa, uma vez que ele voltaria atrás do Hamilton e poderia botar muita pressão no inglês.
A Mercedes errou nas estratégias. Chamou Bottas de volta para os boxes, por possíveis avarias, trocou pneus, fazendo-o perder o terceiro lugar para Vettel, tranquilo e passeante. O desespero maior era a possibilidade de ter colocado pneus médios em Hamilton enquanto todos estavam com os duros, para ir até o fim. Com Verstappen na cola dele, o desgaste dos pneus médios seria grande. 

Após Leclerc desistir de tentar, passamos 2/3 da corrida, ouvindo reclamações de um Hamilton no rádio, e um Verstappen com cara de quem ia aprontar mais. Só que Mônaco virou uma procissão.
A punição por liberar um piloto de forma insegura, foi dada ao Verstappen - 5 segundos de stop and go ou, 5 segundos acrescidos no fim da corrida.
Devo dizer que, mesmo que se fosse com Hamilton, eu diria que essa regra de punição é injusta. O errado não é o piloto. O errado é a equipe de mecânicos no ato do release. Não ter aquela percepção do espaço e do tempo, é crucial para o cargo. Se não faz direito, você não serve. Então, designem outra função para o tal e quanto ao regulamento, lance uma multa à equipe, os faça perderem os pontos de construtores garantidos por aquele piloto... Sei lá. Opção tem. 
Além disso, não pode ultrapassar com Safety Car, então, o pit lane era o único lugar para ganhar a vantagem. Ah, tem isso: o piloto não pode ganhar vantagem. 


E assim, a MIA, digo a FIA vai matando a pouca competição que pode existir. 

Dois terços da corrida foi marcados assim. É muita coisa para um carro mais rápido, com pneus mais inteiros, ultrapassar aquele que vem lento, segurando todo mundo, e desesperado com o desgaste. 
O desespero era um novo teatro, armado pela Mercedes e que compramos com vigor. Hamilton, tinha assim, dois álibis: 


a) Suas frustrações estavam registradas em rádio. Se os pneus se desfizessem e Max passasse, a culpa era da equipe que errou em sua estratégia. No cercadinho com jornalistas ou - se desse tempo de trocar pneus e voltar - ainda no pré pódio, Coulthard ouviria um "erraram com a minha estratégia e eu avisei sempre que o carro estava perdendo potência por conta do desgaste". Toto Wolff assumiria o erro estratégico e no GP seguinte, Hamilton venceria a corrida e diria que era para pagar o erro em Mônaco.


b) As frustrações de Hamilton estavam registradas em rádio. Vencendo, era fato que exaltariam ele como um cara imbatível dada as condições enfrentadas na sua corrida. Ele, sairia do carro, saudaria os mecânicos não antes de chorar falsamente abraçado com um pneu.


A segunda opção era mais óbvia, para o nosso delírio...


Ao longo da procissão, Verstappen foi abduzido. Ele deixou de ser o Max que conhecemos e virou um conservador!!!!!!!!
Se isso não é palhaçada, eu não sei do que chamar. Ele esperou o Hamilton cometer erros!? O mesmo, que tinha pneus desgastados (será?), não cometeu nenhum. O carro, não aparentava estar desequilibrado. Ele diminuiu sua tocada e passou a segurar todos atrás dele. 
E teve gente que achou isso um máximo, como o narrador - ruim de serviço - que tínhamos disponível ontem, na Rede Globo. O cara estava gritante, mais que um maluco solto na rua depois de fugir do hospício. E no fim das 78 voltas, era Hamilton, o seu amadinho, segurando a onda do medicado (só pode ser...) Verstappen. A cena que eu via na minha mente, a cada grito daquele cara chato, era essa:


Eu temia pela segurança de Reginaldo Leme e Luciano Burti. Eles estavam do lado de um cara em combustão. 

E assim, um piloto venceu uma corrida sendo um dos mais lentos na pista. Certamente o mais lento entre os 10 primeiros. 


Um cara venceu uma corrida, que não é qualquer uma, é Mônaco, sendo o mais lento e pior: a sua equipe errou sua estratégia de parada. 


Mônaco nunca foi lá um primor de emoção - a não ser para alguns, mas, terminar assim, me pareceu o fim da picada para essa temporada. A novela chegou no ápice. Só para reforçar:


A F1, com a sexta "corrida" completada, mostra o seguinte sobre essa temporada: 

► Ou as etapas são fake como uma nota de 3 reais, com "competições" pré moldadas, totalmente forçadas, a ponto da gente ficar realmente enjoado.


► Ou é um verdadeiro sacrifício, uma perda de tempo, rigidamente chatas, sem apresentar atrativos ou momentos de silêncio à olhos atentos. 

Já podemos considerar que estamos num ponto sem salvação e admitir que a F1 está ruim "pacas"?


Comentários abertos!
Abraços afáveis!

Comentários

diogo felipe disse…
E tudo isso graças ao exército de Brancaleone, ou Rossoleone dos romanos. Heheheh
Carol Reis disse…
Forçado demais esse luto do Hamilton. Lembro que fiz até um facepalm quando li que ele havia cancelado todos os compromissos por causa da morte do Lauda. Me poupe, tava óbvio o que ele fez ali.

Quanto à corrida, passei tempo considerável torcendo para o Hamilton se enrolar com os pneus e algo diferente acontecer, mas não foi o caso. Acredito mesmo que as reclamações dele foram genuínas e mais que isso: foi ali que deu p ter um vislumbre de como o Hamilton se comporta quando sente a pressão aumentar 1%. Essa imagem que ele adora vender, de piloto de mente estável que respeita os oponentes, só dura até a "água bater na bunda" e, considerando o domínio da Mercedes, isso será o máximo de instabilidade mental que veremos do Luizinho. A Mercedes equipe dele tá trabalhando muito bem, por isso ele pode ficar tranquilo e continuar fingindo ser essa pessoa que ele vende. A Liberty parece que gosta dele. Devem achar que seu lifestyle vende a F1 para outros públicos.
Manu disse…
Né, Diogo, graças aos romanos kkkkkkkk

Luto forçadíssimo, Carol. Coitado do Lauda, ser desculpa de oportunistas de carteirinha.
Que a pressão não funciona nada, nada com Luizinho, isso é fato. Só colocar ele atrás de um ou dois carros que o rádio funciona a todo vapor.
Button lançou a tática do psicológico, certa vez para o Rosberg que, com calma, conseguiu superar quase sem muito esforço e sem que percebessem em 2016. Ambos, por sinal, não são considerados grandiosos pilotos, mas foram, inteligentes para fingirem não se importar com supostos chiliques, não se abateram sobre a magnânima figura atlética do inglês e causaram as instabilidade do Hamilton que tenho certeza que deve deixar ele possesso só de lembrar. Pena que ninguém lembre-se disso e que nenhum outro piloto pareça poder trazer isso novamente.
Eu tenho absoluta certeza que a Liberty lucra demais com a figura do Lewis, e por isso, teremos uma longa e ininterrupta dinastia desse cara, ainda por vir.
Não mudará minha opinião a respeito dele. Um manipulador com carros velozes. Apenas isso.

Abs!!!

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