Música do dia: Anthem for the year 2000
Depois de um pequeno momento - da qual me arrependo muitíssimo - com uma pessoa de mente pequena e intolerante, que se acha a dona da verdade e exclui amizades pelo simples fato delas gostarem de coisas que ela tem repulsa, decidi que vou ser uma pessoa a estilo Kimi Räikkönen: "I don't care, I don't give a damn for you". Eu detesto isso, mas cansei de ser tratada como relé.
Seguramente, o mundo está chato pra caramba. Você não pode rir, nem fazer uma mísera piada sem ser atacada pelos coxinhas politicamente corretos dos infernos - que pelo visto brotam por aí mais que ervas daninhas. Você não pode mais apenas curtir páginas de times de futebol sem alguém te excluir porque você torce para o "time x" ou deixar de seguir você no twitter porque seus tweets são recheados de comentários sobre esportes e não sobre roupas, maquiagem ou afins.
"Vou te excluir, você gosta de sertanejo"... E daí? Se você não me forçar a ouvir César Menotti e Fabiano, vou gostar de você pelo contato que tivemos, pelo seu carinho a dizer "bom dia" quando me viu pela manhã, por ter me dado os parabéns quando consegui uma coisa legal, por ter me respeitado enquanto ser humano. Eu não ligo se você ouve Latino ou Bach. Seu gosto musical é apenas uma parte de você e - assim penso mesmo - se você leu Crepúsculo, gostou e esse tipo de literatura virou o seu tipo, porque eu vou impor a você algum livro do Machado de Assis, porque na minha opinião é o melhor autor do mundo? Posso sugerir algo que eu li, ouvi, sabendo se a pessoa está aberta a trocar. Caso contrário, há diversas coisas pelas quais podemos concordar, ou não. Conversar, mesmo não concordando com tudo, amplia a cabeça e te dá chances de exercer a alteridade.
É difícil entrar nas cabecinhas ocas, que as pessoas são diferentes não só pela impressão digital. Você não é obrigado a concordar, mas é obrigado sim a respeitar. Se é difícil para você encarar isso, feche suas redes sociais ou exclua todo mundo que não faz parte de seu círculo de amigos próximos e familiares porque caso contrário você vai sim ver postagens que não te agrada, porque PERFIL é individual e administrado por aquele cujo o nome segue no topo da página. Ele é quem decide o que postar, o que falar e por consequência ele é quem tem responsabilidades por esses atos virtuais. Não gostou? Eu tenho a solução: não curta, não comente, não favorite, nem compartilhe. Se ofendeu com algo, é só ocultar ou deixar de seguir. Evite a fadiga e pare de encher o saco dos outros com lições de moral de quinta categoria, porque o que você faz da sua vida, desculpe mas eu tenho uma lista bem conservadora de críticas também. Eu só não faço por uma única razão: não tenho nada com isso e não sou dona da verdade.
Revoltada? É, um pouco, porque não foi a primeira vez que aconteceu, que essa pessoa - mais nova que eu, formada em um curso que sinceramente, acho irrelevante (viu, também sei ser intolerante!) vir e querer me rebaixar por eu ter pedido uma segunda chance e se atentar que generalizar fere e magoa assim como um comentário racista. Se você tem discursos favoráveis aos direitos das minorias, mas não tem um amigo gay, um amigo negro e muito menos um evangélico e fica aí, falando aos ventos que aceita todo mundo, desculpe novamente, mas não acredito que seu julgamento contra mim, que tento ser amiga de todos que conheço, seja fácil de aceitar com as orelhas baixas e rabo entre as pernas. Sua grosseria e falta de educação me irritaram e por essa razão, acho que você falhou em "ser uma pessoa melhor". Até por que se fizerem piadinha machista ou homofóbica você mesma será a primeira a xingar, esculachar e ridicularizar, porque é superior e evoluída. Pergunto: Será?
Por tal, a música de hoje - da banda Silverchair, lá da fase grunge em fins dos anos 90 para começo do 2000 - surgiu rapidamente à minha cabeça quando a situação me aconteceu. Depois de ser deixada no vácuo quando tentei - no bom português - apenas dizer que concordo com ela, mas que não achava que ela deveria me julgar por gostar de humor um pouco mais ácido, as vezes, pipocou essa parte da letra:
"(...) Never knew we were living in a world
With a mind that could be so sure
Never knew we were living in a world
With a mind that could be so small
Never knew we were living in a world
And the world is an open court (...)"
Todos tem defeitos. A gente só tem que tentar - no tempo que temos - fazer com que eles não sobressaiam às qualidades. Se você morrer e for bem sucedido nesse ponto, bem, já conseguiu muito!
Obrigada por me lerem sempre que podem. Abraços afáveis a todos e volto ao tópico F1 sábado com vocês, como é o que faço sempre. ;) Cingapura vem aí (e se for chateante, tem NFL rodada dupla no domingo \o/)
Comentários
Está é bacana, mas assim: se estiver tocando outra coisa em outro lugar, eu mudo.