Momentos para partilhar - Semana 34

Semana 34 - Livros que eu acho que todo mundo devia ler

Eis um difícil de responder (mais um eu diria). Aconselho ler livros sempre, independente de temas. Algumas pessoas dizem ler apenas "aquilo que for da minha área". Se esta for da humanas, creio eu que não está tão ruim. Tudo bem que ficar preso na sua área, sei lá, me dá sensação de mente fechada. Se você é engenheiro e só lê livros de engenharia... Aí já acho complicado, pois não vejo isso como leitura e sim como estudo.

O que não deixa de ser também. Lendo sempre se aprende algo, nem que seja minimamente. Mesmo que seja lendo a saga "Crepúsculo".

Sou um pouco contra os livros de auto-ajuda. Não que eu nunca tenha lido, mas sim, vou desconfiar muito de alguém que listar um auto-ajuda como favorito, rsrsrsrsrs...

Certamente é uma etapa das 52 semanas difícil de fazer um top 5 porque a gente caminha pelo caminho do "gosto". E se auto-ajuda é o que gosta, o que eu poderia fazer a não ser aceitar?

► "O Senhor dos Anéis" - J. R. R. Tolkien

Dizem - não sei se por piada ou não - que o mundo está dividido entre os que leram "O Senhor dos Anéis" e os que não leram.

Hoje é mais que complicado falar isso. Uma, porque com os filmes, muitos tropeçaram nos livros; duas porque ainda com os filmes, colocou muita gente espertinha a dizer que ama Tolkien, apenas tendo corrido os olhos pelo livro uma vez só (vivemos hoje uma era terrível, uma vez que qualquer idiota que viu "De Volta para o Futuro" mais de uma vez se declara geek ou nerd... ¬¬'). Por fim, ainda acho que cabe um terceiro ponto: há quem assistiu os filmes, deu-se por satisfeito, assume a preguiça e diz que o filme é o resumo de algumas horas e não tem tempo para ler 1200 páginas: "Isso é para quem tem tempo, paciência e quer virar elfo". Juro: eu ouvi isso. (Sorry, folks, mas eu não quero virar elfo. Seria bonita, alta, esbelta e atiraria bem com arco e flecha. Mas ainda há sensatez por aqui.)

Acho (ACHO) que todos deveriam ler afinal é uma obra de arte. Uma das do professor Tolkien. Li até "As Duas Torres" antes do primeiro filme chagar aos cinemas. Eu era nova, era meu primeiro livro de mais 1000 páginas e foi pesado para ler, pois quando não se está acostumada, livros assim podem ser um fardo. Mas me maravilhei com o escrito. Mais tarde estudando o autor pude comprovar uma cientificidade tão grande e minúcias tão incríveis em seus trabalhos que simplesmente não é para deixar de lado simplesmente e dizer: "não gosto, portanto não reconheço".

► Harry Potter - J. K. Rowling

Peguei pesado? Não, pois explico. Com Harry Potter tomei gosto a leitura e cheguei a Tolkien. Possivelmente sem Harry Potter eu não teria me interessando por um curso de humanas que lê muito. Não teria chegado à Tolkien antes dos filmes, e talvez, seria como a maioria hoje que culpa o tempo pela falta de leitura.

Fora que são livros muito absorventes e viciantes. Não sou pottermaníaca - até porque para isso, pelo que vi, tem que saber tudo sobre o universo potteriano que as vezes me falha a memória e puff, perco o posto. Mas é isso. Com 11 para 12 anos comecei a ler o primeiro volume a pedido da minha tia, para incentivar meu primo. Em uma semana já estava lido e eu queria ler as continuações o mais rápido possível. Dalí, um passo: os filmes eram os intervalos quando novos livros não vinham. No meio tempo eu colecionava revistas e álbum de figurinhas sobre. O vício durou até o último livro e claro, emocionei mais ainda porque era o último. 

Hoje, tenho orgulho de ter feito um primo de 12 anos virar fã doente dos livros. Aos poucos ele vai lendo e vem a minha casa sempre pedir para explicar partes que ele não entendeu. É esse o ponto dos gosto da literatura...

► "A menina que roubava livros" - Markus Zuzak

Quer chorar? Essa é minha sugestão. Mas não vá pensando que é lance de mulher não. É porque o livro é bonito mesmo. Conta uma história de uma menina filha de comunistas que é adotada por uma família na Alemanha da Segunda Guerra. Toda a recessão que o país sofria e todo o esquema nazista, de idolatria de Hitler, a relação de Leisel (a menina) com a sua nova família, o amor pelo novo pai e um amigo judeu abordando a relação desse povo sofrido naquela época tem como pano de fundo o amor da garota por livros.

Quem narra a história é a Morte. Surpreendente o que senti com esse livro.

► "Orgulho e Preconceito" - Jane Austen

Livro de mulher, um colega disse na minha última disciplina na faculdade. Eu olhei de lado e percebi que ele poderia ler, ao menos para quando criticar, saber do que está falando.

De fato é um livro romântico. E algumas leitoras de Austen poderão concordar comigo, principalmente nesse caso de "Orgulho e Preconceito": o personagem Mr. Darcy nos projeta uma visão de homem que jamais encontraremos... hehehehehe... (E podem crer, na disciplina que fiz, só de romances do século XIX, minha professora chamou o personagem de chato! Ai, as feministas... ¬¬')

► "Sobre o tempo e Eternidade" - Rubem Alves

Sabe quando você lê um livro (nesse caso, de filosofia de vida, eu definiria) e pensa: eu queria escrever assim? Pois foi com o primeiro livro que li de Rubem Alves que me senti assim. O filosofar simples dele é cativante. E como psicanalista, ele entende das condições humana, de cultura, de filosofia e de gente. É um livro magnífico, recheado de sabedoria. Assim como é em si Rubem Alves.

Menção honrosa: livros - "Não se desespere","Não nascemos prontos" e "Não espere pelo epitáfio" do Mário Sérgio Cortella. Simplesmente um deleite! ;)

E vocês, quais seriam os livros que vocês acham que todo mundo deveria ler?

Abraços afáveis!