Bandas que muita gente gosta, mas não vejo a menor graça

Certa vez uma garota que conheço publicou em seu Facebook, em uma dessas datas de aniversário do Freddie Mercury, a seguinte frase no status: "Odeio Queen. Me julguem!"

Fiquei ali, uma boa parte do dia, investigando se a postagem da pessoa daria polêmica. Nada. Ela foi quase ignorada, salvo por um (até sensato) amigo dela comentando: "Gosto não se discute". 

Não apareceu ninguém para acusar os seus maus gostos para música, para criticar seu apelo "emo" (ainda existe isso?)... Que as coisas que ela ouve não chega ao que o Queen é. Nem mesmo um fã xiita da banda... Nada.

Se eu fizesse algo semelhante, hunf, seria mais polêmico que os mamilos da Susana Vieira no Faustão. 

Eu mesma não comentei nada, porque eu tenho sim uma lista de bandas que todo mundo baba colorido e em mim não causa nem sequer um mísero arrepio. 

Por isso, esse post tende a ser um tanto polêmico. 

Vale ressaltar que mesmo que eu não goste, respeito quem é fã. Posso até ouvir, uma ou duas músicas durante uma tarde, por exemplo. É tudo uma questão de preferência. Se me perguntarem, eu digo que prefiro ouvir outra coisa. Nisso, o "odeio" não encaixa. Não dá para odiar o gosto musical dos outros, só lamentar. E claro, desejar... Dependendo dos casos, desejar que use o fone de ouvido ou ouça longe de vc.

► The Doors

Ontem mesmo minha mãe estava ouvindo "Break on Through" e eu pensando pela milionésima vez: "Que tecladinho dos infernos!" o.O

Assisti a pouco tempo o filme do Val Kilmer sobre a vida de Jim Morrison, "o poeta"... Um figurão, certamente. Há quem pinta ele como gênio. Nunca achei isso, e mesmo assistindo o filme com relutância... Não mudei de opinião, rsrsrsrs... Sorry Jim, mas não deu!

► Ramones

Ramones já se faz detestar pela modinha das camisetas. Algumas criaturas nem sabem do que se trata, mas tem a camisetinha fiel. Mas isso nem é o problema. 

No meu caso, o problema é que eu não gosto mesmo de punk rock. Salvo míseras, míseras exceções, que agora por exemplo, nem lembro. 

Mas tenho justificativas, e estas se encaixam perfeitamente no Ramones: as composições, geralmente, não passam de três acordes; os líderes das bandas não cantam bem, tem vozes horríveis ou nem se dão o trabalho de cantar direito; música rápida e barulhenta não me parece ser sinônimo de boa coisa, afinal não tem-se apresso pela técnica. Sei que é para ser despojado, largado, mas não agrada, de fato.

Há músicos, como o Eddie Vedder, vocalista do Pearl Jam, que baba colorido nos caras e vira e mexe, faz shows homenageando os tais. Ele é muito mais que isso, por exemplo, mesmo assim, os cultua.  Vai entender?!

Nessa parada vai junto na política do "vamos mudar de música?": The Clash, Sex Pistols, e afins... 

► Nirvana

Meu problema com Nirvana é mais para o lado, "preferência" que tudo. Eu, assim como no caso do Jim Morrison, e alguns ícones punk, acho que Nirvana só é aclamado assim muito porque Kurt Cobain teve vida e morte na base da polêmica. Isso ajuda na promoção e na elevação da banda, tornando essas figuras como intocáveis, santos, gênios e outros adjetivos.

Outra parte é que a moçadinha começa pelo Nirvana, se adaptando à um termo de grungeiros, que nem existe mais tão bem quanto no começo dos anos 90. 

Como disse, a noção é questão de preferência. 'Tá ok, são legaizinhos. Minha irmã gosta, uma das minhas amigas do tempo de colégio era fã doente do Kurt. 
E eles são dados como reis do grunge. Havia também o Pearl Jam, o Alice in Chains, que por sinal, estão na ativa até hoje! Ei! Alice in Chains!!! Para mim, deveras, deveras melhor que Nirvana.  E teve vocalista morto de forma tão trágica quanto Kurt. Sou mais Layne Staley! Fora que Jerry Cantrell é um guitarrista maneiro.

► Foo Fighters

Vai parecer que sou implicada com Dave Grohl, mas não. Ele até tem uma cara engraçada, e tem um talento bom para comédia (vide alguns vídeos da banda, umas participações em programas de humor). O meu problema com o Foo Fighters é que eu geralmente não consigo identificar a música deles. Para mim são todas muito iguais. Falta mesmo, parar para ouvir direito e tudo o mais, porque certamente há alguma diferença entre uma e outra. 

► Legião Urbana

Eu tinha uns nove/dez anos e na escola, era febre de descolados curtir Legião Urbana. Ninguém sabia patavinas do que estava ouvindo e cantando junto. Eu era meio revoltada já, sabia que ninguém sabia o que estava cantando, e se brincar, até hoje continua bem assim... Eu mesma, não me interessava e hoje fatalmente para mim é irrelevante. 
Há umas letras que em momentos como, por exemplo, agora que o nosso governo faz a gente de idiota novamente, elas se encaixam perfeitamente. Fato, reconheço. Mas certamente, Renato Russo não curtiria a modinha viral a qual se tornou sua obra. 

► Dream Theater

Todas as vezes que tentei, não fui feliz ao ouvi-los. Alguma coisa ainda não me fisgou como muitos por aí, que colocam Dream Theater em listas e mais listas de melhores guitarristas, cantores, melhores álbuns, arranjos e etc. Certamente é uma boa banda, mas eu mesmo ainda não consegui treinar meu ouvido a apreciar. Repito: não foi por falta de tentativas.

► Evanescence

Tudo começou porque eu virei fã do Nightwish. O pecado do NW é que não eram conhecidos como Evanescence era (ou é...). Para falar a verdade, só soube da existência do Evanescence depois de descobrir o Nightwish. E a Amy Lee - a vocalista - pelo visto só soube dos finlandeses quando contaram para ela. ¬¬'

Disso, a implicância se deu pelas comparações errôneas entre as duas bandas, entre as duas vocalistas... Uns tocam um certo power metal com vocal lírico, outro é new metal com uma cantora que é preocupada com a roupa. Tirem suas próprias conclusões.

Para certas músicas, Amy Lee, puxa um fôlego danado, que tenho quase certeza: Um dia ela explode. Parece a versão feminina de Michael Bolton...

Porque digo isso? Deixo Jim Carrey explicar por mim: aqui.

E vcs, há uma banda que é dada como ícone, e vcs não gostam? E por quê?

Abraços afáveis!