Notas ácidas da F1 (1)

Nota ácida 1

Após o avanço de um vírus que "parou" o mundo - e só agora é que se voltam pelas cobranças da responsabilidade partindo dos chefes de estado (internacionais, pois o do Brasil está preocupado com o seu ego, seus filhos e seu patético eleitorado) - a F1 ainda insistiu em colocar todos à perigo com o início da temporada na Austrália. 
Funcionários de equipes (no caso, a McLaren) testaram positivo para o novo coronavírus e mesmo assim, custaram a cancelar o evento. Falamos sobre isso no post anterior.
Como de costume, brotaram os críticos. Pilotos mostraram descontentamento com a demora da decisão. Entre eles, o "porta voz" dos ideários modernos (veganismo, preocupação ambiental, apoiador dos direitos civis e etc.) e "blessed", Lewis Hamilton, fez duras críticas à respeito do impasse dos comandantes da F1: "money is king" (algo como "dinheiro manda") teria sido a base argumentativa do sempre "responsável e genial melhor piloto da década".



Nota ácida 2

E por falar nele (justo ele!), o distinto mancebo achou ideia - também "genial" e "inovadora" - de seus colegas de profissão celebridades, da música e do cinema e divulgou um vídeo tutorial ensinando a galera a lavar as mãos. Se não fosse pelo vídeo que ele, e diversas outras celebridades (opa, ele é piloto, me perdoem!) nós estaríamos fadados à muita "porquidão" nas mãos.
Agradecemos aos tutoriais, pois muitos de nós andávamos em círculos em relação à higienização. Todo mundo, em todo canto do planeta inclusive, tem acesso à água limpa em abundância. Esses vídeos foram muito úteis. 
Ainda bem que a Covid-19 pode ser prevenida com hábitos de higiene simples. Se fosse como seu "parente" HIV, teríamos tutoriais bem menos agradáveis de assistir...




Nota ácida 3

Após alguns pilotos "vazarem" às pressas da Austrália, muitos deles impuseram quarentenas à si mesmos. Carlos Sainz por exemplo, teria feito a sua quarentena na Austrália mesmo.
Enquanto isso ocorria, a FIA liberava notas de acordos com a Ferrari, que até o momento ninguém sabe ao certo, do que se tratou. Equipes rivais cobraram respostas (assim como as autoridades deveriam ter cobrado da China, sobre esse vírus que não sabemos direito de onde vem, como se comporta e como erradicá-lo). 
Não satisfeitos, alfinetadas duraram toda a "off season forçada" que a categoria (e tantos outros esportes) estariam passando. 
A Mercedes, uma das que queria respostas, não havia um mês que usava um sistema de direção móvel (chamado DED) nos testes pré temporada e, quando descobriram algo estranho, deram de "Joãozinho Sem Braço" de forma muito eficaz. A FIA analisou tecnicamente e liberou o uso do DED em 2020. Essa era a primeira faísca para o sétimo campeonato conquistado pelo Lewis Hamilton. Se não tivesse vírus, estaríamos agora debatendo os erros da Ferrari e o piloto inglês podre de rico, dando gargalhadas porque estava com mais um troféu nas mãos.




Nota ácida 4

O "Blessed" Hamilton, logo após o cancelamento do GP da Austrália se impôs um isolamento (que em tese, deveria ser mais do que ele estava contando). Ele se encontrou com amigos celebridades em uma festa, entre eles, o ator Idris Elba - que testou positivo para o vírus, embora não manifestasse nenhum sintoma. O alerta vermelho ficou mais intenso: havia a possibilidade de estar com vírus, mas não manifestar a doença. Assim sendo, o uso de máscaras e luvas para sair de casa era uma necessidade básica e não só, lavar as mãos ou fazer uso de álcool gel. O contato com outras pessoas deveria ser evitado com empenho.
Impondo um isolamento e consultando um medico, Lewis saltou novamente uma consciência humanística: ficava em casa, isolado, não faria o teste. De acordo com o "blessed", outras pessoas precisariam do exame e ele se curaria - caso tivesse - tomando as precauções em casa, mas não via necessidade. Fez as contas e disse que estava se sentindo bem. Negou ainda que estivesse com o vírus...
Well done!



Nota ácida 5

A quarentena bateu forte em todos nós. Em casa, passamos a ter medo de um monte de coisas. Sem esportes para entreter, as pessoas começaram a choramingar. 
A internet e a TV puderam começar a lucrar com isso: da primeira, surgiram o "boom" das redes sociais e então, as lives. Da segunda, surgiram as reprises "emocionadas" e uma programação especial e selecionada para segurar o pessoal em casa.
Se houve vantagens, também houve desvantagens: da primeira, surgiram notícias de todo o tipo - "como Fulano está curtindo a quarentena", não nos interessa, mas é clicado por muita gente fútil por aí. Na TV, muita repetição vai enjoar, se já não enjoou.
Nos portais de notícias de F1, matérias para "tapar buraco" não só enjoam, como irritam - "relembre as vitórias de ..." é a mais comum, mas serve para ensinar os fãs (hã?) da categoria,  que começaram a assistir corridas com 10 anos em 2012 ou se interessaram pelo esporte depois de conferir uma série no catálogo da Netflix...



Nota ácida 6

Quarentena também propiciou que ex pilotos, ex chefes de equipe, ex dirigentes desse palpites e soltassem as asas. Felipe Massa foi um deles. Comparou a sua rivalidade (wtf???) com Fernando Alonso à rivalidade (wtf???) de Sebastian Vettel e Charles Leclerc. 
Com certeza, todos esses três pilotos estão à nível de ser comparados com ele. Como não pensamos nisso, antes?
Mais tarde, Massa disse que Hamilton destruiria Leclerc se fosse para a Ferrari. Uma opinião que provavelmente foi aplaudida, mas não tem nada substancial nela. A interpretação é simples: colocar o seu rival num pedestal, justificaria um pouco mais o motivo de ter perdido o campeonato para em em 2008; seria um "ele é tão bom, que não pude com ele, e ninguém mais poderia..."
Também revelou uma certa frieza de Michael Schumacher com fãs, num evento que passaram juntos., e Felipe teria suplicado que o alemão desse atenção à um garotinho.
Massa contou que não desprezava autógrafos aos pequenos admiradores, uma vez que Ayrton Senna teria ignorado atenção à ele quando criança. 
Felipe Massa exaltando a si próprio é decepcionante, mas não surpreendente.




Nota ácida 7

Por falar em comentários alheios, Nico Hulkenberg, agora ex piloto de F1, merece muito mais respeito do que já teve em toda a sua passagem na categoria. Ele comentou recentemente algo notório e relevante que mostra mais coisas do que simplesmente uma opinião crítica. 
Nico veio a público em uma entrevista e disse que, por estar de fora agora, parecia fácil apontar, mas diante da declaração de Hamilton, sobre o "money is king" nas decisões dos comandantes da F1, o piloto inglês deveria usar a oportunidade para colocar as suas palavras em ação.
Falando de modo geral, o argumento de Hulk era que, os pilotos que recebiam mais, tinham que ser mais generosos. Era uma obrigação, em seu ponto de vista, que todos ajudassem as equipes, em termos financeiros. 
Diretamente falando ao piloto da Mercedes, completou: "Com seu 'dinheiro governa o mundo', Lewis pode ensinar uma lição".

A lição de Hamilton foi uma só, Hulk: Lewis não pensou em "irresponsabilidade num quadro pandêmico" quando caiu numa aglomeração, uma festa com celebridades. Querendo ensinar como os outros deveriam agir, sacou críticas à decisão da F1 de levar todos à Austrália, em meio à uma pandemia. O perigo em contrair o Covid-19 nem sequer teria passado pela sua cabeça quando estava se divertindo.
Mesmo assim, ele fingiu que nada aconteceu e APARECEU (como de costume) sendo um cara correto, trancado em casa se protegendo e protegendo todo o resto.
A hipocrisia é como a "zueira": não tem limites.



Nota ácida 8

Se engana se Lewis tenha sossegado. Através de sua rede social, fez o que muitos de nós, corajosos de smartphone faz vez ou outra. Numa dessas, detonou "egoístas" que ignoravam o isolamento. A indireta não parecia ser para nenhum colega piloto, uma vez que boa parte deles quando se divulgava algo, estavam em casa, isolados da mesma forma. 
Sem ter muito o que fazer, Hamilton começou a virar intelectual, uma espécie de "influencer"."Perdemos o controle da raça humana", teria refletido em sua rede social. 
Uau! Tragam um Nobel para ele!



Nota ácida 9

Durante essa pandemia, surgiram os cancelamentos e adiamentos das corridas. O pessoal - inclusive os mais novos - choramingava no Twitter, pois queriam assistir uma corrida, qualquer que fosse. Num momento desses, as pessoas deveriam estar dando a mínima para retornos de campeonatos. As preocupações e prioridades deveriam ser outras... Mas...

As lives de pilotos são feitas, em sua maioria, como corridas virtuais - que eu, particularmente, não fui de conferir nenhuma, por achar pouco empolgantes. E já é algo para alguém que está sofrendo sem o campeonato, "matar a saudades" se esse é caso. Nas corridas virtais, brincadeiras, apostas (Lando Norris raspou o cabelo), e entretenimento está sendo garantido. Pilotos de categorias diferentes, e ex pilotos também participam dos eventos e-sport . 
E por falar em ex pilotos, Fernando Alonso doou máscaras ao combate da Covid-19.
O ex-chefe da Ferrari, Maurizio Arrivabene (saudades!) virou motorista de ambulância.
A própria Ferrari fez válvulas para respiradores, já que a Itália é um dos países mais afetados com a morte pelo Covid-19. Outras equipes devem estar tentando não olhar só para o umbigo e fazer algo útil... 
Às vezes, mas só às vezes, agir é muito melhor do que tagarelar.



Nota ácida 10 - "Finalização"

Sebastian Vettel teria revelado que a prioridade de sua permanência na Ferrari era a sua felicidade na equipe - algo que, pelo que se conta na mídia - não estaria acontecendo. 
Graças ao que os especialistas de Twitter, as suas "rodadas" costumeiras seriam o principal entrave para uma renovação  digamos, sem pensar muito. A outra pedra no caminho teria nome e sobrenome: Charles Leclerc se tornou a menina dos olhos da equipe e isso estaria deixando Vettel expondo as suas "true colors"; isto é, que ele não sabe lidar com companheiros "potencialmente mais talentoso" que ele. 
O primeiro ponto não tem fundamento. É coisa de gente desocupada que xinga piloto, mas fica em silêncio quando o seu preferido faz cagada. São os Zé Povinho da Opinião Generalizada.
E como toda generalização é burra, a gente passa para o segundo ponto: Não adianta fingirmos de desentendidos. Leclerc não se tornou a preferência da equipe por teste para ver como ele sairia, ele foi contratado com esse propósito.



Enquanto se especula pessoas para substituir Vettel, na Mercedes pouca gente faz alarde cogitando um substituto para Lewis que, por sua vez, estaria fazendo suspense com o "sim" sabe-se lá para quê. Nessa semana, o jornal The Sun teria tirado um pouco do sossego e divulgado que Hamilton estaria indo para Maranello. Rápido para contestar o rumor, ficou nervosinho e indicou que estava com na "equipe de seus sonhos".
Como essa declaração, 90% do "sim" à Mercedes estaria na mesa deles, faltando apenas a assinatura do contrato, bem como, colocada negação do boato nesses termos, não renderia "polêmica" a não ser um latente desprezo pela equipe Ferrari, comprometendo uma (ainda que falsa) diplomacia com a tradicional equipe italiana. Assim, Lewis apagou o post em que negaria tudo, logo depois.
O feito era impressionantemente eficaz: ele apagou em tempo hábil para que todos os veículos de notícia tivessem lido. Assim, sustentou o rumor, declarou a preferência para a Mercedes, mas pensando bem, não descartou a possibilidade de estar na Ferrari, e ainda colocou pressão extra no já criticado Vettel. Escancarou um mau caratismo evidente em si que, afirma também que não custa nada assinar logo com a Mercedes, já que ama tanto o "lugar". Ele só tem a ganhar: teria, sem dúvidas, seu sétimo e oitavo títulos garantidos, então para quê brincar com a ideia de que "tem várias possibilidades"? Só para massagear o ego!



Voltando à situação de Vettel, aparentemente o piloto teria reduzido seu salário refletindo que só fazia sentido receber por trabalho feito. Sem corridas, não havia necessidade de ser pago. Mas isso, completou ele, estava em sigilo, já que não tinha interesse de usar isso para melhorar a sua imagem.
Só por isso, já deu para entender que a negociação de redução de salário era evidente, algo que, à respeito de Lewis - conforme Hulk bem comentou - não havia sequer indício de que teria acontecido. 
Chovendo críticas à Vettel, Bernie Ecclerstone o chamou de "subestimado", Luca de Montezemolo revelou que preferia Alonso à ao alemão. Como o nascer do sol, todo dia, alguém aparece declarando algo depreciativo sobre Vettel.
Sebastian é o único quatro vezes campeão que é creditado como piloto ruim que venceu por ter o melhor carro. Isso é argumento para detoná-lo, mais do que qualquer outro. Alguns campeões até experimentaram desprezo, mas ódio como aparece sob Vettel é algo que, desde quando comecei acompanhar a F1, eu nunca vi.



Ontem, colocaram Carlos Sainz em seu lugar na Ferrari. Já se fala muito em Daniel Ricciardo (que disse que voltaria a Red Bull, sem problemas - contradizendo o que foi mostrado no Drive To Survive Season 1). Um pouco mais tarde, Vettel teria revelado porque negou a proposta da Ferrari, que consistia em permanência  por um ano, mais redução salarial. 
Com essa, fica claro e evidente que a equipe não se importa com Sebastian Vettel.
Aos que almejam a sua vaga, devem pensar bem antes de aceitar a oferta: qualquer um, será carta fora do baralho muito rapidamente pois, junto com um contrato vem a obrigação de ser subserviente à mandos totalmente questionáveis da equipe. Isso, é claro, se a Ferrari realmente não tem interesse em Lewis. Eu duvido um pouco, mas, se ela quer Hamilton em sua casa, aí posso constatar um "bye bye" prematuro a carreira de Leclerc.
O quê? Só os donos de perfis maneiros nas rede sociais tem direito a especular panaquices? Quero minha fatia desse bolo também...



É isso mesmo: seguimos do lado de cá, do lado da especulação, ouvindo os gritos histéricos daqueles que acham que Vettel é apenas pião a rodar na pista. Aguardo com ansiedade a decadência dos seus pilotos fantásticos também, torcendo inclusive para que o fim deles sejam ainda mais cruéis.
Para alguns já consegui assistir a decadência inteirinha e com pipoca: Já percebi que existem entusiastas do Felipe Massa, que adoram "brincar" com os rodopios e erros do alemão, mas fizeram questão de esquecer por completo a corrida do GP de Silverstone 2008...



Podem ficar tranquilos: A gente sabe guardar segredo! ...

Abraços afáveis!

Comentários

Unknown disse…
Se o Vettel não é lá essas coisas por ganhar quatro títulos com o melhor carro do grid, o que dizer então do afro Senna, que tem seis? Essa hipocrisia me cansa, esses fãs xiitas e cegos me enchem o saco, às vezes. Por segundos, pois não vale a pena queimar neurônios com coisas e gente sem importância.
Sobre as opiniões do Felipe Massa...quem se importa? O cara acredita até hoje que seu título poderia ter durado mais que 30 segundos se não fosse a presepaiada do Nelsinho Piquet. "Noffa"...
Manu disse…
Irei mudar a abordagem. Para todos aqueles que disserem que Vettel venceu porque tinha o melhor carro do grid e só isso, pergunto: e quem tinha uma carroça e venceu pelo menos 2 títulos? Basta nomear um só.
E então, perguntarei: e os carros bons, na mão de pilotos medianos também teve aqueles que perderam? Sim.
Mas só para estes, vem as desculpas: foi culpa do fulano que queria o lugar dele, do ciclano que sabotou o carro, da FIA que puniu naquele incidente, da equipe que errou no pitsotp, do Alonso, do Nelsinho, da mangueira solta, da gaivota que passou na frente, do muro que estava fora do lugar...
Mas para o Vettel? Perdeu porque é um bosta, porque só sabe rodar, porque não aguenta quando Ricciardos ou Leclercs aparecem do lado dele para derrubá-lo de sua postura hierárquica...

É um homem odiado. Cruzes.

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