A F1 nesses tempos de offseason e testes
Mais por fora que bunda de índio, eu ainda não estou pensando em F1.
Algumas vezes vejo uma coisa ou outra no twitter, visito blogs amigos e me adéquo a algumas notícias, parciais de tempo dos testes, apresentações de carros, nascimentos de pimpolhos, desmanchos de noivado...
É fato que a temporada passada causou um estrago sem precedentes na motivação dessa que escreve esse humilde post, sem dúvida. Animação para temporada 2015? Talvez lá quando começar mesmo na Austrália. E olhe lá.
A F1 perdeu o gosto substancial. Basta fazer um mínimo teste: das duas vezes que meu pai me chamou para ver sobre a F1 na tv, no Globo Esporte/Esporte Espetacular, eu tive que ver e ouvir Marciana Becker falar dos dois pilotos brasileiros do grid. Domingo passado ela até entrevistou o "pouca telha" pigmeu e galã do Galvão. (Não definiram de qual Felipe falo? O primeiro é o Massa e o segundo o Nars).
Um saco.
E tende a piorar, a partir do momento que você lê os críticos de plantão, prevendo coisas infundadas.
Vai ser outra temporada "boring" galera. Se pensarmos assim, pode até ser que as coisas melhorem afinal: "o que vier é lucro".
Mas ontem, especificamente, eu me deparei com uma coisa mais intrigante: o grande lance da desmotivação em acompanhar o esporte é que ele perdeu a graça. Simplesmente.
Os pilotos até tentam, mas ainda parece tão pouco.
Ontem vi isso e de fato, eles se divertem. Abrem a porta do jardim de infância e brincam mesmo.
"Ah, eles ganham um burro de uma nota preta, Manu". Sim. Mas eu - e tenho certeza que vocês também -, sabem e acreditam que quando a gente faz o que gosta, apesar dos sacrifícios, vale muito mais a pena do que aquilo que você faz, forçadamente.
E a F1 perdeu essa diversão no seu cerne, e arrisco dizer em todo seu conteúdo. Pode até ser pela conta bancária, mas esses caras são competitivos, e quando não estão satisfeitos desistem não porque são fracassados, mas porque são orgulhosos (ou teimosamente corretos). Na hora lá da disputa, com as vezes dirigentes pé no saco, pistas nada desafiadoras, ou carros ruins até dizer chega, de onde tira-se motivação para botar sorriso no rosto de quem acompanha a categoria ou do fã? De onde tira-se vontade de abrir um portal qualquer de automobilismo na internet que fala da última etapa avisando já no título a posição final do piloto medíocre só poque ele é conterrâneo? Cadê, se não em um lugar bem perdido, aquele senso crítico de conseguir dizer que seu piloto favorito está uma marmota morta ou metido demais e optar por caras felizes e boa gente que nem Daniel Ricciardo?
Já viram ele no programa inglês TOP GEAR? (Ver aqui, tirem uns minutos, pois vale a pena!) Eu vi e adorei. Achei que a F1 está mais do que na hora de arrumar caras menos moldados, figurinhas menos mimadas, e mentes mais abertas... Até porque mudar a estrutura dirigente dela, ou organização não vai. Ali o dinheiro berra tão alto que dói os ouvidos dos sensíveis e sensatos. Talvez caras mais despojados, menos duros, menos moldado, menos chatos, motive continuar a acompanhar, já que esse esporte nos cativou tanto, que largar agora seria um desperdício.
Como vem sendo essas temporadas, com essas corridas dispensáveis, essas picuinhas absurdas é bem complicado você levantar a bandeira de fã. E passa a ser menos prazeroso, ser um fã.
Que 2014 nunca mais se repita.
Amém.
Abraços afáveis!
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Abs!