17 de outubro, um dia qualquer?...

Sim, uma quarta-feira singela de outubro, normal como todas as outras. Sobre isso não há como discordar.
Porém (tudo tem um "porém", para o bom ou para o ruim) é nessa data de de 17 de outubro que se comemora, desde 1979, o aniversário de Kimi Räikkönen.
Aniversários geralmente são comemorados de verdade, com festa, presentes ao aniversariante, muita comida, bebida e amigos e familiares enlouquecendo (ou não) junto com você. 

Então vamos que vamos. Aos desatentos, sou fã do finlandês (e de muitos compatriotas dele), portanto o post pode ser uma babação de ovo sem fim. (Nem todo mundo é perfeito...)

Escolhi então encarar e aproveitar o dia para uma postagem no blog. 
Participo do Iceman's Club promovido pela Ludmila no Octeto Racing Team (Semana Kimi Raikkonen 2012, no link: aqui) e como comentei no post sobre o GP da Coréia, no domingo passado minhas contribuições foram publicadas.
De todos, escolhi o texto que fiz sob o título de "10 temporadas depois, o que mudou?" para publicar aqui. Espero que apreciem:


 “10 temporadas depois, o que mudou?” by Manu 
(publicação original aqui)

"Nossa, 10 temporadas na Fórmula 1!” Penso, assim que releio esse título para montar o texto.

Topo o novo desafio, mais uma vez, insistindo e tendo a convicção que não sou um Paulo Coelho para escrever coisas legais.

Coloco uma música que me inspire. Olho de novo o título e decido começar assim:

Dez temporadas. Houve nove temporadas, seguidas, cujo último ano foi marcado por muita angústia. Mas tudo estava resolvido no ano seguinte e finalmente tínhamos uma página virada.

O rali, para muitos, foi a fase da pausa, da festinha, das férias prolongadas, e tantas outras bizarrices que podem ser atribuídas a esses dois anos. Digo bizarrices porque muito destas denominações saíram da mente e boca de jornalistas esportivos. Mas vamos isolar isso, eu vou tratar o rali com o devido valor que ele merece.

Se para os fãs era difícil acompanhar Kimi naquela fase totalmente diferente e decidiram abandoná-lo, eu lamento. Arrisco todas as minhas fichas em trocar todas as bobagens e rasteiras dos nove anos de F1 anteriores, pelos dois do rali.

A Fórmula 1 não vai subitamente deixar de ser um antro onde as mesquinharias correm como sangue nas veias, principalmente pela mídia especializada. Por nove anos ouvimos e lemos acusações de personalidade como se isso bastasse para mover volantes e acelerar forte. Nada disso significa que, no ano do retorno deste cara, que pela mesma categoria se fez conhecido entre nós, mudaria cabeças e se tornaria um total estranho.

Kimi Räikkönen não é estranho. Estranho somos nós que achamos que qualquer pessoa deve agir exatamente como nós achamos que é certo. Ninguém sabe o que é certo. E Kimi é o tipo de cara que Fórmula 1 ainda não deu a cota devida de respeito.

Como um bom profissional, comecei admirar o Kimi sendo apenas uma pré-adolescente. O que veio depois foi apenas conseqüência. Falar de seus feitos como piloto, eu e muita gente já falou.

Foram nove grandes temporadas que acompanhamos como fãs torcendo e vibrando. Foi como um quadro recém pintado. Se esquecermos aqueles borrões de tinta que não deveriam estar aí, temos um saldo muito do gratificante para qualquer fã. Campeão mundial uma vez, duas vezes o segundo, grandes ultrapassagens, frases memoráveis e um estilo inigualável de ser. Ele foi respirar outros ares, mas em dois anos retornou. Mais forte, mais empenhado, mais sorridente, dizem muitos. Mas para mim ele apenas está sabendo mais do que quer, mais daquilo que lhe dá combustível. Ele se diverte e segue em frente, sem olhar para trás.

Esse é o novo-velho Kimi, e não é tão surpreendente que ele retorne assim. Na verdade é reconfortante.

Hoje, exatamente nessa décima temporada, eu sei quem é o Kimi. Ele é um cara que persegue sua bem aventurança. Ele vai aonde o corpo e alma dele deseja ir. Ele age conforme sente que é melhor. E quando ele sente que está no caminho certo, não há nada que pode fazê-lo desviar do caminho.

E foi Nietzsche quem disse uma frase da qual quero terminar como reflexão para dizer o que mudou nessas dez temporadas:

“Nunca é alto o preço a pagar pelo privilégio de pertencer a si mesmo.”

E é por isso que Kimi continua sendo admirável por mim e por muitos.



Abraços afáveis!

Comentários

O dia mais maravilhoso do ano. #fato

Viva Kimi!!!

bjs, Ludy
Ron Groo disse…
Belo texto. Bem emocionado, mas bem escrito também.

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